“Se o número de imigrantes ilegais em direção a Áustria aumentar de novo, fecharemos a fronteira no Brennero. Em 24 horas, nós podemos fechar a fronteira e realizar controles severos com os nossos soldados”, disse o ministro do Interior da Áustria, Wolfgang Sobotka, em comunicado que causou ira no governo italiano.
Sobotka ainda criticou os “socorristas”no mar Mediterrâneo que “cooperam com traficantes”. “Precisamos impedir que esses socorristas entrem nas águas territoriais da Líbia e peguem os refugiados diretamente dos imigrantes”, acrescentou.
Causando uma crise entre a liderança dos dois países, essa não é a primeira vez que a Áustria ameça fechar a fronteira com a Itália. A reação do governo de Roma foi dura ao comunicado. O vice-ministro das Relações Exteriores da Itália, Mario Giro, afirmou que o país “não tem nenhuma intenção de mudar os acordos unilaterais” sobre a crise migratória, mas Viena precisa “baixar o tom” porque não se pode colocar as relações entre dois Estados em risco “por causa de polêmicas eleitorais”.
“Respeitamos a Áustria e não temos nenhuma intenção de tomar atitudes unilaterais até porque, se quiséssemos, já tínhamos feito. Os austríacos podem ficar tranquilos, ams, por favor, não ataquem nosso ótimo relacionamento com polêmicas inúteis”, concluiu Giro.
Atualmente, a Itália voltou a bater recordes na chegada dos imigrantes ilegais, mas a grande maioria deles fica em centros de acolhimento italianos, aguardando a análise de sua situação ou a realocação para outros países da União Europeia. De acordo com dados do Ministério do Interior da Itália, entre janeiro e 17 de julho desde ano, entraram no país 93.292 imigrantes ilegais contra 79.877 no ano passado.