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Home > Energia para renovar o país

Energia para renovar o país

28 de junho de 2016 - Por Comunità Italiana
Energia para renovar o país

Energia para renovar o paísEm entrevista exclusiva à Comunità, novo country manager da Enel faz uma análise do mercado de energia limpa no Brasil e revela projetos da empresa no país, como o programa Power Art, que patrocina eventos ligados à cultura

O engenheiro Carlo Zorzoli substituiu há dois meses Marcelo Llévenes, que estava à frente das operações brasileiras da companhia nos últimos 14 anos. O novo Country Manager da Enel no Brasil falou com exclusividade à Comunità sobre os projetos da empresa no país, como o programa Power Art de fomento à cultura, e fez uma avaliação do setor de energia sustentável no território brasileiro. O executivo ressalta o avanço registrado nos últimos anos no desenvolvimento da geração de energia eólica e solar, mas alerta para entraves, como os atrasos em obras de linhas de transmissão, afetando as operações de plantas eólicas.

ComunitàItaliana — Recentemente foi anunciada a construção do parque eólico de Cristalândia, de 90 MW de capacidade, na Bahia. Conforme informou a empresa, serão investidos US$ 190 milhões na usina. Quando está prevista a inauguração e como o empreendimento deve contribuir para o incremento da energia limpa no Brasil?
Carlo Zorzoli — Nossa expectativa é que o parque eólico de Cristalândia entre em operação no segundo semestre de 2017. A planta será capaz de gerar mais de 350 GWh por ano, que equivalem ao consumo anual de cerca de 170 mil domicílios brasileiros, evitando a emissão de cerca de 118 mil toneladas de CO2 para a atmosfera.

CI — Que balanço pode-se fazer do último Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), principal encontro de agentes do setor elétrico brasileiro, do qual a EGP participou como patrocinadora?
CZ — O Enase é uma oportunidade única para que investidores, associações do setor, autoridades públicas e demais agentes discutam avanços para o mercado energético no país. Ter patrocinado a 13ª edição do evento foi uma satisfação para a Enel. Os debates foram muito produtivos e expuseram uma percepção unânime de que o atual modelo para o setor elétrico deve ser aperfeiçoado, para aumentar a competitividade e atrair novos investimentos. Aperfeiçoamentos nas questões regulatórias promoveriam investimentos adicionais, especialmente em melhoria das redes de distribuição. E esses investimentos em distribuição têm a vantagem de não causarem impactos do ponto de vista socioambiental, além de criarem empregos rapidamente, ajudando o país a contornar esse momento de crise. 

CI — Quais são os principais desafios hoje para o desenvolvimento da geração de energia limpa, transmissão e distribuição no Brasil?
CZ — O país avançou muito nos últimos anos no desenvolvimento da geração de energia renovável (especialmente eólica e solar). Mas é preciso estar atento a entraves, como o descompasso entre os leilões dos parques geradores e linhas de transmissão. Os atrasos em obras de linhas de transmissão têm afetado a entrada em operação de plantas eólicas, por exemplo. No curto prazo, a área de distribuição é a única que pode atrair investimentos rápidos, sem problemas de compatibilidade ambiental e de conflitos sociais. São muitas obras pequenas, com poucas fitas a cortar, mas com muito capital a ser investido e com grande potencial de criação de empregos. Temos confiança de que a Aneel adotará as medidas necessárias para garantir a sustentabilidade econômico-financeira dos agentes que precisam, para desbloquear investimentos relevantes no curto prazo que beneficiam o país e os clientes elétricos.

CI — Recentemente a empresa patrocinou uma mostra dedicada a São Sebastião, no Rio. Há intenção de investir em outros projetos culturais? Qual a importância desse tipo de apoio no reconhecimento da marca junto à população fluminense?
CZ — A Enel Green Power possui um programa chamado Power Art e o patrocínio à mostra fez parte deste programa. Foi uma honra ter promovido a vinda de duas obras importantíssimas de artistas italianos para o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. A Enel valoriza a cultura nos países em que atua e acreditamos que esse tipo de iniciativa aproxima a empresa das pessoas.

CI — O senhor acredita que o Brasil investe de maneira correta na geração de energia?
CZ — O país tem propiciado a diversificação da matriz energética e este é um caminho sem volta. Acreditamos que se deve priorizar a expansão das fontes renováveis, o que inclui hidroelétricas de médio porte, que possuem menos riscos e impactos ambientais.  

CI — O senhor acredita que o país se recuperará da atual crise política e econômica em quanto tempo?
CZ — Precisamos que a economia e que o país voltem a crescer, mas com um patamar sustentável desta vez, o que naturalmente voltará a atrair investidores. Em geral, e o setor elétrico não é exceção, o país precisa de instituições sólidas e confiáveis, esta é uma pré-condição para oferecer condições estáveis que proporcionem oportunidades de crescimento no longo prazo. Entendemos que as instituições e a sociedade brasileira encontrarão a melhor solução para o atual momento.  

Quem é o novo country manager da Enel no Brasil
O novo Country Manager da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, possui mais de 20 anos de experiência no setor elétrico. Formado na Universidade La Sapienza de Roma em Engenharia, passou a maior parte da vida profissional em países da América Latina, inclusive no Brasil, o que lhe permite ter um ponto de vista especial sobre o setor elétrico brasileiro. Zorzoli começou a trabalhar no Grupo Enel em 1996, na área de distribuição. Já ocupou posições de liderança nas áreas de desenvolvimento de projetos no Brasil e nos Emirados Árabes, e desenvolvimento de negócios para os Estados Unidos, América Central e América Latina. Também foi responsável por operação e manutenção (OyM) da Enel Green Power na Itália. Conduziu ainda a entrada da Enel no México  — país onde atuou como country manager — por meio da aquisição e subsequente integração de um portfólio de usinas hidrelétricas. É formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Roma e tem MBA pela Duke University, Fuqua School of Business, na Carolina do Norte (EUA). Antes de assumir a presidência da empresa no Brasil, Carlo atuava como presidente da Enel Green Power para a América Latina desde 2015.

Coleta de recicláveis gera bônus na conta de energia
A Enel Brasil aposta nas redes sociais para se comunicar com os brasileiros e divulgar programas ligados à preservação do meio ambiente, como o EcoAmpla e o Ecoelce. A Coelce, distribuidora de energia da empresa, desenvolveu em 2007 o Ecoelce para promover a destinação correta dos resíduos recicláveis. Para envolver a população, descontos são concedidos na conta de luz em troca de materiais como papel, vidro, metais, óleo de cozinha e alumínio. O projeto foi um dos dez ganhadores do World Business and Development Awards (WBDA), da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2008, outra empresa do grupo Enel, a Ampla (RJ), apoiou a iniciativa através do EcoAmpla, aumentando o número de beneficiados. Juntos, os dois programas somam atualmente 70 mil participantes. Os programas conseguiram arrecadar 24 mil toneladas de material e proporcionar R$ 3,65 milhões em bônus para os clientes.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.