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O cenário após o referendo

26 de dezembro de 2016 - Por Comunità Italiana
O cenário após o referendo

O cenrio aps o referendoO resultado do referendo constitucional leva Renzi a renunciar ao cargo de primeiro-ministro e presidente Mattarella nomeia o ex-chanceler Paolo Gentiloni como seu sucessor

O não venceu de forma clara. Eu perdi, não vocês. Eu acredito na democracia. Quando se perde, não dá para fingir que nada aconteceu. Minha experiência como chefe de governo termina aqui”. Com essas palavras o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, anunciou a sua renúncia ao cargo, logo após as primeiras projeções dos resultados do referendo constitucional que indicavam uma ampla vitória do “não”. Após uma campanha intensa e agressiva que dividiu a população, no dia 4 de dezembro, os italianos compareceram em massa às urnas para se expressar a favor ou contra a reforma constitucional proposta pelo governo Renzi.
De acordo com o Ministério do Interior, na Itália, votaram 68,48% dos eleitores, ou seja, 31.997.916 eleitores. Desse total, 59,95% escolheram o “não”. Porém, fora das fronteiras italianas, o resultado foi bem diferente: o “sim” ganhou com 64,70% das preferências. No exterior, a participação dos cidadãos italianos foi de 30,74%, percentual inferior à expectativa de uma afluência de 40%, mas superior ao último referendo constitucional de 2006, de 27,87%.
Segundo o Ministério italiano, dos 4.052.341 eleitores residentes fora da Itália aptos a votar, 1.245.929 pessoas participaram do plebiscito. No Brasil, dos 325.555 eleitores aptos, 28,58% participaram, superando inesperadamente os vizinhos argentinos, que alcançaram 25,33%. A grande maioria dos ítalo-brasileiros e italianos residentes no Brasil apoiou a reforma do governo Renzi, com 84,23% dos votos.
A proposta da reforma era muito articulada: previa a passagem do atual bicameralismo perfeito para um bicameralismo diferenciado; a abolição das províncias e do Conselho Nacional Da Economia e do Trabalho (CNEL); a mudança das competências de Estado e regiões, entre outras coisas.
O dado mais surpreendente foi o alto comparecimento às urnas como há anos não se via na Itália. O próprio presidente da República, Sergio Mattarella, ressaltou o fato, definindo a afluência ao voto como uma “testemunha de uma democracia sólida e de um país apaixonado, capaz de ter uma participação ativa”.

Paolo Gentiloni visitou o Brasil em 2015
Renzi inicialmente vinculou a sua continuidade à frente do Executivo à vitória no referendo, uma escolha arriscada que, com a ajuda da oposição, conferiu ao debate sobre a consulta um clima de campanha eleitoral pelo qual o próprio premier pagou um preço muito alto.
Após 1015 dias de governo, o premier de 41 anos renunciou ao cargo. No dia seguinte, Renzi foi ao Palácio do Quirinale para comunicar ao presidente Mattarella a sua intenção de deixar o cargo, mas foi acertado que, antes disso, esperaria a aprovação da Lei Orçamentária pelo Parlamento, que aconteceu no dia 7 de dezembro. De acordo com a Constituição italiana, o presidente da Republica é o único com o poder de dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas ou de nomear o premier.
Mattarella nunca escondeu sua preocupação com os compromissos internacionais da Itália, e, sobretudo, com a atual lei eleitoral, não homogênea na Câmara e no Senado, condição indispensável para realizar as próximas eleições. Por isso, iniciou logo reuniões com as diferentes forças políticas, que duraram três dias. No dia 11 de dezembro, encarregou o ministro das Relações Exteriores do governo Renzi, Paolo Gentiloni, de formar um novo governo.
Os partidos da oposição criticaram a escolha: os radicais da Liga Norte, de extrema-direita, consideram Gentiloni uma “fotocópia infeliz e inútil de Renzi”, enquanto os do Movimento 5 Estrelas o chamam de “avatar” de Renzi.
Ao receber o encargo, Gentiloni disse que trabalhará com dignidade e responsabilidade.
— Não por minha vontade, mas por senso de responsabilidade trabalharei com as forças políticas de maioria em fim de mandato — declarou, indicando a indisponibilidade das principais forças de oposição a compartilhar a responsabilidade de um governo.
O ex-chanceler já é conhecido pela coletividade ítalo-brasileira. Em novembro de 2015, visitou São Paulo e Brasília com uma comitiva e participou de uma série de eventos. Na ocasião, Comunità realizou cobertura especial com uma entrevista exclusiva de Gentiloni.

O cenário após o referendo2

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.