Osteria del Pettirosso conquista clientes com pratos precisos da culinária romana
São Paulo – Reproduzir na cozinha as memórias afetivas por determinado alimento não é uma tarefa fácil. É preciso ter uma vasta cultura gastronômica para interpretar corretamente a tradição. E é justamente dessa forma que o chef e proprietário do restaurante italiano Osteria del Pettirosso, Marco Renzetti, privilegia pratos típicos de sua cidade natal, Roma.
Aberto há três anos na região dos Jardins (SP), o Pettirosso já tem o seu lugar garantido entre os mais badalados restaurantes italianos da capital paulista. Renzetti acumula mais de 16 anos de profissão. Para poder colocar em prática todo o seu conhecimento e fidelidade à culinária italiana tradicional, ele reinterpretou alguns pratos do cardápio, que soma mais de 10 opções de primeiro prato e outros sete de segundo.
Entre as opções, receitas sugestivas como o carro-chefe do restaurante, o Fettuccine Imperiali (com molho Alfredo), além do cannelloni de berinjela assada recheado de massa, o nhoque ao molho de cogumelo porcini e presunto, o peito de pato com redução de vinagre balsâmico e mel e as costeletas de cordeiro acompanhadas de polenta grelhada e radicchio.
— O trabalho de um chef é a interpretação correta da tradição. A ideia é revisitar essa herança cultural da culinária italiana com novos sabores, sem sacrificar o gosto autêntico de determinados pratos — diz o chef, que acredita que para cozinhar é preciso ter vocação.
O Pettirosso é um restaurante étnico, afirma o chef. De acordo com ele, ao visitar o restaurante o cliente conhecerá a proposta gastronômica do local, que tem fortes “pitadas” da cozinha laziale.
— Temos algumas opções de pratos mais criativos e poucas incursões por receitas de outras regiões da Península — afirma.
Renzetti defende uma cozinha italiana mais artesanal, diferente da que se encontra atualmente. No Pettirosso, até os doces são mais trabalhados. Eles estão divididos em sete opções, como o tradicional tiramisu e os clássicos reinterpretados, por ele claro, como panacota de creme de leite aromatizado com açafrão,
o queijo de cabra fresco assado no forno banhado com mel e nozes acompanhado por crostini e polenta doce. Para finalizar em grande estilo, um café bem italiano para arrematar. Ele pode ser espresso simples ou com creme de avelãs e cappuccino.
— Acredito que cada visita ao meu restaurante deve ser encarada como uma experiência incomum e absolutamente original. Ser chef é ser um artesão — ressalta o cozinheiro para quem São Paulo é uma das principais capitais gastronômicas da América do Sul.
Renzetti tem alguns costumes, como todo chef, na hora de preparar determinados pratos. A manteiga, por exemplo, ele só usa a marca Roni, fabricada no interior de São Paulo, e utilizada no preparo do Fettuccine Imperiali. A sua versão do molho Alfredo leva apenas manteiga e parmesão.
{mosimage}Fettuccine Imperiali
Ingredientes: 350 g de fettuccine
fresco; 200 g de
manteiga sem sal; 250 g de
parmigiano-reggiano
Modo de preparo: Cozinhe o macarrão por cerca de 4 minutos em água fervente com uma pitada de sal. Em outra panela, derreta metade da quantidade de manteiga em banhomaria e misture com metade do queijo.
Importante: mantenha em banho-maria. Em uma frigideira, adicione a manteiga restante ao fogo e junte 1 concha da água do cozimento do macarrão. Deixe cozinhar. Quando a massa estiver pronta, escorra e ponha na frigideira com a manteiga derretida. Em seguida, despeje a massa na manteiga que está em banho-maria, com o resto do parmigiano. Misture e sirva.