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La gente, il posto

12 de julho de 2010 - Por Comunità Italiana

O maritozzo

Nas pasticcerias romanas, um dos doces mais concorridos e típicos é o maritozzo. É um pãozinho de leite recheado companna, ou seja, chantilly fresquinho. O nome deriva da raiz
marito, marido. Segundo uma teoria, eram comprados pelos maridos no período da quaresma para dar às suas esposas. Segundo outrasf ontes, eram servidos nos maritaggi, ou seja, casamentos. Os romanos comem o tal maritozzo principalmente no café da manhã. Jápara alguns notívagos, o melhor horário é lá para uma ou duas da manhã, depois de uma bela noitada, quando dá aquela fominha. É possivel encontrar o maritozzo em várias pasticcerias, em qualquer época do ano, mas a mais famosa pelo doce é a Er maritozzaro,perto da estação de trem de Trastevere. Serviço: Er Maritozzaro – Via Ettore Rolli 50. Aberto dalle 22h30/18h da segunda a sábado.Domingo até 13h.

S.O.S. Crème Brûlée

Roma é uma maravilha. Sua história, seus monumentos espetaculares, o clima agradável, os inúmeros parques, seus alegres habitantes. Mas como toda cidade, tem sempre um defeitozinho. O defeito em questão é a parte gastronômica.

Não que em Roma não se encontrem restaurantes ótimos. Porém são ótimos para comida italiana. Quem gosta de variar, como eu, e de vez em quando saborear uma cozinha brasileira, ou grega, ou árabe,fica complicado. Deixa realmente a desejar. Nos últimos anos, até quea cozinha de outros países começou a ganhar terreno. Mas sempre de modo limitado.

Em Roma, existe um ou dois restaurantes brasileiros, três gregos, e por incrível que pareça somente um francês. Para mim, que tenho o coração no Brasil e um pezinho na Franca, é de desesperar. Viajo uma vez por ano a Paris e pareço uma criança numa loja de pirulitos: como tudoo que tenho direito, feito louca: sanduíche croque monsieur, fois gras, crepes mil. Quanto aos doces, literalmente vou ao ataque: macaron,tarte tatin, e … minha amada e preferida sobremesa, crème brûlée – que em Roma é praticamente impossível de encontrar.

Para quem não conhece, o crème brûlée é uma espécie de sobremesa cremosa, feita com creme de leite, ovos, açúcar e baunilha, servida numa cumbuquinha. Na superfície tem uma crosta de açúcar queimado fininha, que tem que passarno teste da colher, rompendo-se com delicadeza. Em Roma, alguns restaurante atétêm, no menu, a sobremesa. Porém, ao vivo e acores, o que eles trazem à mesa é um pudim muito sem vergonha, milhas distante da delicada sobremesa francesa. Só um lugar da capital sabe fazer direito: o único restaurante francês da cidade.

Então, recentemente, no dia no meu aniversário, meu namorador eservou uma mesa no francês com uma semana de antecedência, vistoque eu estava verde de fome e de desejo pela minha adorada sobremesa. Chegamos no horário marcado.
O restaurante estava lotado. Nos acomodaram em uma mesinha bem apertada num cantinho, mas quem se importa? O importante é comemorar! Já no início do jantar, pergunto ao proprietário, para garantir, afinal o lugar está cheio: “Preciso reservar o crème brûlée para sobremesa?” Ele responde: “Imagina! Tem para todo mundo.”

Uma hora e quinze depois, já esfomeados, chega a entrada, um gostoso soufflé de queijo (outra de minhas paixões). Estávamos já perdendo a paciência, mas o importante é tentar ser zen, não ficar de mau humor somente porque a entrada demorou tanto. Há uns tempos, venho me exercitando para ficar mais calminha e não me irritar facilmente com bobagens. Mais tarde, vem o prato principal, o fondue de carne e saboreamos cada garfada nos diversos molhos à disposição. O jantar estava bom. Mas durante todo o tempo, uma parte do meu coração, do meu cérebro e das minhas papilas gustativas, aguardavam com ansiedade a tão almejada sobremesa que não comia há 9 meses,o gran finale do meu aniversário.

Enfim, o garçom veio perguntar o que gostaríamos como sobremesa. Eu já fui atropelando e disse:“Ora, um crème brûlée!” Ele se retirou e depois de alguns minutos retornou, dizendo que tinha acabado. Meu sangue começou a esquentar,
comecei a ficar nervosinha e colocar as manguinhas de fora. Uma hora e meia para comer a entrada, a mesinha apertada, tudo dá pra agüentar… Mas ficar sem crème brûlée, não! Ainda mais tendo avisado. Disse ao garçom que estava muito chateada. Afinal, era meu aniversario e que era realmente uma desfeita. Porém, o mau humor durou pouco. Meu namorado não tinha nada a ver com o peixe. Ressuscitei o bom humor, fiz mais um brinde e acabei pedindo um tarte tatin, outra sobremesa de que gosto. Que não chegou aos pés daquela servida na França, mas afinal, nem tudo na vida é perfeito…

 

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.