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La gente, il posto

17 de novembro de 2010 - Por Comunità Italiana

As gostosuras do bairro do Ghetto

{mosimage}O bairro Ghetto em Roma, que faz parte do centro histórico, fica pertinho de uma das margens do rio Tibre. É o tradicional bairro judeu da cidade, com uma belíssima sinagoga. O bairroé famoso também pela sua cozinha hebraico-romana. Um dos pratos principais são alcachofras fritas,que podem ser encontradas em diversos restaurantes do bairro. Dal Pompiere, Piperno, Gigetto, Sora Margherita são os mais famosos.

Mas além dos restaurantes, duas docerias do bairro deixam os clientes com água na boca. Uma delas,Boccione, faz deliciosas tortas de ricota com visciole, uma espécie de cereja, e de ricota com chocolate. Outra, Dolce Roma, faz doces austríacos, americanose tantos outros. Uma verdadeira delícia de bairro.

Um hospital no rio Tibre

O hospital Fatebenefratelli, em Roma, nunca será a mesma coisa para mim. Antes, era apenas uma das atrações da IsolaTiberina, única ilha no rio Tibre, junto com um restaurante, uma igreja, uma farmácia, uma lanchonete e uma sorveteria.

Mas depois que nasceram dia 26 de julho deste ano às 23h28 e 23h30 meus pequenos romaninhos Francesco e Antonio, sinto um arrepio cada vez que passo pela recepção.

Como aconteceu ontem à noite, quando tive que voltar ao hospital para uma consulta com meu médico obstetra. O hospital estava silenciosoe vazio, um contraste com o ambiente durante o dia, quando é uma verdadeira balbúrdia. E no silêncio, as sensações dos dias anteriores pareciam ainda mais nítidas.

Encontrei no corredor uma das grávidas internadas, no caso dela,com um problema de trombose. Agora ela estava em êxtase: seu filhotinha acabado de nascer. Os meus tinham nascido há duas semanas e meia. Que vontade de chorar! As lembranças recentes me invadiram ocoração. No dia antes ao parto, um domingo ensolarado, do corredor ao ar livre, pude apreciar a festa típica de Trastevere, de Noantri, na outra margem do rio, com músicae muita baderna. Eu olhava tudo, aguardando ansiosamente este momento tão desejado da minha vida e tão adiado.

Fiquei uma semana no hospital,esperando o dia certo do parto, afinal um dos bebêsestava com pressa denascer, estava sofrendo o espaço restrito junto com oirmão. O médico me internou por segurança. Conheci tantasfuturas mamães durante este período, muitas com situações complicadas, como trigêmeos, ou ainda esta moça com trombose e outras, cada uma com a sua história, mas sempre no rosto estampado uma alegria descontrolada, devido à aproximação deste grande evento na vida de toda mulher(e de todo homem também!)

O momento do parto foi escolhido em cima da hora, foi tudo tãorápido e eu que tinha medo até de injeção e pavor de hospital, fiquei razoavelmente tranquila graças a um médico atencioso e a presença do meu companheiro e de amigos que esperavam do lado de fora.Minha família chegou do Brasil no dia seguinte, afinal, não dá para se prever quando um parto é antecipado.

Que maravilha! Meia hora depois do parto já pude ver os dois pequenos do meu lado na incubadora, dando chutinhos no ar e, algumas horas depois, já estavam comigo no quarto. Durante três dias, recebemos a visita de familiares e amigos, mas no quarto dia tivemosa notícia de que, por serem ligeiramente prematuros, deveriam ir para terapia sub-intensiva, por segurança. E por duas semanas ficamos separados. Podia visitá-los, fazer cafuné, trocar fralda, dar mamadeira, mas que ansiedade de levá-lospra casa! Tudo estava pronto a espera dos dois pimpolhos:os berços, os carrinhos, a cômoda com mil roupinhas,tudo o que tinha sido sugerido por minhas irmãs e amigas.Finalmente deram alta, primeiro para o Francesco e depois para Antonio…

Voltar neste hospital me dá uma emoção enorme, pois foionde vivi lindos dias da minhavida, uma realização com a qual sonhava há pelo menos dez anos. E que por sorte, razões divinas ou espíritas ou sabe-selá-porque veio em dose dupla!

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.