Por causa da vacina obrigatória, o ano letivo se iniciou diferente para as crianças italianas até 12 anos, em muitas escolas a polícia foi chamada
Desde que a vacina obrigatória virou pauta pra se tornar lei, vem causando debates e desconforto em muitos pais que não concordam com a decisão.
Muitas escolas tiveram a presença de policiais por causa de pais que não aceitavam cumprir as novas regras.
“Se a menina não está vacinada, não vai entrar na escola”, foi o que disseram aos pais de uma aluna de três anos em uma escol de Milão nesta terça-feira (12).
De acordo com a Ansa, os pais da menina chamaram os policiais, que nada puderam fazer, além de registarem uma ocorrência.
Nesta segunda-feira (11), ocorreu um caso semelhante em uma creche na região de Friuli-Veneza Giulia.
Segundo a Ansa,a mãe negou assinar o documento que certificava que a menina havia tomado todas as vacinas e precisou voltar com a filha para casa.
Assim como no primeiro caso, esta mãe também chamou a polícia na escola.
Nesta terça, a aluna foi aceita após um documento apresentado pelo advogado da família, no qual a mãe solicita informações sobre a vacina à Agência Sanitária Loca.
De acordo com informações da Ansa, a mãe ainda não entregou a certificação assinada.
Vacina obrigatória
De acordo com a líder do Instituto Educacional Compreensivo, Donatella Gentillini, “entre os 263 alunos que foram para as aulas hoje, 97 não estavam nas regras com a documentação da vacinação”.
“Boa parte regularizou a situação ainda de manhã, mas algumas crianças foram mandadas para casa, convidando-as para retornar amanhã com as certificações”, disse Gentillini.
Aprovada em julho deste ano, a lei torna obrigatória que menores de 12 anos de idade tomem 10 vacinas.
A poliomielite, tétano, difteria, hepatite B, Haemophilus influenzae B, coqueluche, caxumba, sarampo, rubéola e varicela – todas fornecidas gratuitamente.
Essa medida foi tomada por causa de vários momentos, como o surto de doenças que se encontravam no quadro de controladas.
A multa, de acordo com a Ansa, para os pais que não cumprirem a lei varia de 100 a 500 euros.