Os meandros de processos famosos e delicados são narrados em livro lançado em tempo de embate entre a política e o judiciário
{mosimage}livro “Ne valeva la pena” (Valia a Pena pena [fazer aquilo]) chega às livrarias num momento difícil para a justiça italiana. A guerra aberta do poder Executivo – leia-se o primeiro ministro Silvio Berlusconi – contra a magistratura atinge o ápice com a proposta da lei da mordaça que restringe, e de forma quase absoluta,o trabalho de interceptação telefônica, fundamental para a investigação de um crime. Ao longo das 580 páginas da obra publicada pela editora Laterza, o procurador público no Tribunal de Milão, Armando Spataro, conta 30 anos de experiência na linha de frente contra o terrorismo, vividos dentro de um vasto aparato judiciário e policial. Um dos casos, de repercussão internacional, citados é o do sequestro, por agentes da Cia,de Abu Omar, líder muçulmano em Milão, numa clara violação àsleis italianas vigentes. “A sobreposição do chamado ‘segredo de Estado’, imposto por dois governos, Prodi e Berlusconi, causou a impunidade”, sentencia o magistrado sobre o envolvimento do aparato secreto italiano no caso que, no entanto, a cena com a condenação dos americanos pela justiça dos Estados Unidos.
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