O balanço foi divulgado após os trabalhos ocorridos entre 15 e 16 de fevereiro, durante a reunião do Conselho dos Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizativos e Econômicos da Santa Sé, que analista o orçamento previsto consolidado para 2011 e o orçamento preventivo do governo da Cidade do Vaticano para o ano em curso.
"O quadro geral que surge destes balanços de previsão apresenta sinais claros de retomada financeira, apesar da incerteza do sistema econômico global, além do aumento dos custos de gestão", indicou o documento do Vaticano.
O pequeno Estado encravado em Roma passou por dificuldades financeiras após a crise econômica mundial em 2008 e, desde então, apresenta sinais lentos de recuperação.
"É evidente, sobretudo para a Santa Sé, que a insubstituível fonte de financiamento é constituída pela livre doação dos fiéis", diz a nota, o que levou os membros do Conselho a expressarem sua "profunda gratidão pelo sustento que [os fiéis] dão, geralmente de forma anônima, ao ministério universal do Santo Padre, exortando-o a preservar a obra do bem".
A reunião do Conselho de Cardeais foi presidida pelo Secretário de Estado, o cardeal Tarciso Bertone, e nela estiveram representados a Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé, o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano (responsável pela gestão territorial e fornecimento da estrutura necessária de apoio ao Estado) e a Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (Apsa), pelos cardeais Velasio De Paolis, Giovanni Lajolo e Attilio Nicora, respectivamente.
De acordo com o comunicado, "a área de consolidação considera os organismos integrantes da Cúria Romana, a Câmara Apostólica e as instituições 'midiáticas' da Santa Sé", que são "a Rádio Vaticana, a Tipografia Vaticana, o L'Osservatore Romano, o Centro Televisivo Vaticano e a Livraria Editora Vaticana". (ANSA)