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Simplesmente Marinella

13 de junho de 2011 - Por Comunità Italiana

Maurizio Marinella, o herdeiro da famosa loja de moda masculina, fala a Comunità da ligação com o Brasil

{mosimage}Suas gravatas são como cerejas. As abre em forma de leque e a mágica dispara. Uma, duas, três. Mas, talvez esta também, e ainda esta outra? Precisa-se quase ir embora como arrastado pelo nosso co-inquilino para não cair em tentação.

Gravatas, mas não somente elas. Marinella é, fiel ao que diz don Eugenio, a elegância nos detalhes que fazem a diferença. Portanto, relójos, perfumes, lenços, ascot, camisas, cintos.

Na história da moda masculina, Nápoles está na vanguarda desde final do século 19. E continua detendo uma supremacia, graças aqueles empreendedores, sobretudo aqueles artesanais, que produzem poucas “peças únicas” que exibem um estilo e uma qualidade inconfundíveis. Ele rendeu-se, até bastante, às produções em série, mas tratou-se expecialmente de séries limitadas e nas quais a atenção nos detalhes, a realização ou, se preferirem, o cuidado com cada peça continua elevado, com as costuras feitas à mão e não à máquina, por exemplo.

Em um panorama que quase destoa com a realidade de hoje, cidade  dilacerada por pragas sociais, sobressaem como carvalhos seculares empresas como aquela que funciona na famosíssima loja de E. Marinella, que hoje é levada adiante pelo herdeiro Maurizio Marinella, che renova não somente a perpetuação, com a renovação, da grande e antiga alfaiateria napolitana, mas a sua notável capacidade de competição nacional e exterior partindo da identidade das produções locais, desenvolvendo-as nos mercados globais sem medo de sucumbir diante as, e isto é inegável, existentes e perigosas homologações da cultura e do gosto.

Um reconhecimento que confirma a incrível popularidade em nível mundial, a marca Marinella o recebeu do mercato das cópias. Quando foram achados, em um depósito cheio de bolsas de grifes famosas, pacotes de gravatas “falsas” Marinella também, isto valeu quase como um diploma de formatura.

— Não fazia mesmo questão disso, mas tudo deve ser enxergado do jeito que é oferecido — observa Maurizio Marinella, com o elegante sorriso que o caracteriza. Ele tem show rooms em Milão e Tokyo, não do tipo franchising, mas de venda direta ao consumidor, mas se sente um pouco mais em casa na loja em praça Vittorio. Às 6 e 30 da manhã levanta a porta de enrolar, e é como se Nápoles entreabrisse um porta-jóias. Pessoas do bem, termo em desuso, trocam idéias, comentam as notícias, apreciam o primeiro café do dia em um clima sereno, cordial, longe anos luz do estresse e da angústia que, dentro de duas horas, começará a invadir, como um demónio, muitos dos moradores desta espectacular cidade, que precisa voltar a  níveis de civilidade, pelo menos, aceitáveis.

Comunità Italiana — Marinella, quais são os laços com o Brasil?

Maurizio Marinella — Estive lá umas duas vezes, recebi muitos convites, mas meus garotos propaganda são as pessoas às quais preparo minhas criações, é claro que acima de tudo são gravatas masculinas. Presentiei com elas até o presidente Lula, mas sei com certeza que seus antecessores também gostavam, de Cardoso em diante. Guardo os bilhetes de agradecimentos de seus secretários. Embaixadores e cônsules também. Uma segunda-feira, chegou de Roma Falcão, que era realmente um homem elegante, e sendo um jogador de futebol era uma raridade, que os grandes do futebol não fiquem zangados comigo, e comprou muitas gravatas e não só isso. Quem o trouxe na minha loja foi um brasileiro super simpático, que infelizmente já partiu, José Dirceu, que me conhecia havia alguns tempos.

CI – Nunca pensou de abrir um show room no Rio ou talvez em São Paulo, considerando a vocação econômica, e portanto destinada aos dirigentes, da capital paulista?

MM –  Não, até porque uma loja requer uma enorme atenção e não posso me dar ao luxo de dar uma de globe trotter. Se que este, e sobretudo o próximo ano, serão momentos importantes do ponto de vista institucional, para a Itália e o Brasil. E torço para ter oportunidade de voltar. Brasil é um país em franca expansão e os cuidados nos detalhes também está começando a se transformar em hábito. Mas posso dizer que quando sei que o destino de meus produtos torna uma pessoa única, significa ter trabalhado com uma finalidade de imagem também, não somente comercial.

CI – Nápoles, a fortaleza de familha, muitas afinidades com os brasileiros

MM –  É claro. A paixão pelo futebol. A música. A boa mesa. Quantas coisas em comum. E, me permita isto, também a vontade de trabalhar. Se o Brasil cresceu isto não se deve ao fato de um dia ter passado por aí a Fada Azul com sua varinha de condão, mas a um plano de programação governista e à responsabilidade da classe dirigente, que criaram tudo isto. Eu continuo acordando às 5 para estar pronto a receber as pessoas, não os clientes, às 6:30. Poderia descansar mais. Porém, seria uma traição da mentalidade da família.

CI –  Uma biografia dedicada ao senhor fala de 52 nós de amor. É complicado fazer o nó a uma gravata.

MM – Mais ainda desatá-la, eu acho que, tirando … as exceções, nós nos separamos da gravata com um nó na garganta.  

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.