{mosimage}A Fiat acaba de completar 35 anos de atividades no Brasil e planeja expandir seus investimentos no país nos próximos anos
Fundada em 1899 na cidade italiana de Turim, a Fabbrica Italiana Automobili Torino veio para o país em 1976, quando foi inaugurada sua fábrica em Betim, Minas Gerais. Líder do mercado brasileiro de automóveis há nove anos, a Fiat Brasil é uma das maiores empresas do grupo italiano.
— Ao fazer um balanço desses 35 anos, o que mais notamos é como a empresa enfrentou o desafio de chegar ao Brasil já no fim do chamando milagre econômico e conseguiu se tornar uma das maiores montadoras de veículos da região. Nesses 35 anos, a Fiat Brasil é provavelmente o maior caso de sucesso da indústria automobilística brasileira — declarou Marco Antônio Lage, diretor de comunicação da Fiat na América Latina.
Segundo Lage, a Fiat optou por sair da região do ABC paulista, o único pólo automobilístico do país na época, e se estabelecer em Minas Gerais.
— Trouxemos uma indústria de tecnologia de ponta para um estado cuja economia era baseada no extrativismo mineral e na agropecuária — acrescentou.
No início, a Fiat tinha como sócio o governo mineiro, mas com o passar dos anos, foi comprando a participação estatal no empreendimento e hoje é uma empresa 100% privada. A fábrica de Betim está entre as maiores do mundo e desde sua instalação já produziu mais de 12 milhões de veículos. Os automóveis que saem de Betim representam 30% de toda a produção da Fiat no mundo. Em 2010, a fábrica mineira produziu 760,5 mil automóveis, consolidando a liderança no mercado brasileiro.
Além de abastecer o mercado brasileiro, os veículos produzidos em Betim são exportados para toda a América Latina. Alguns dos modelos são também destinados ao mercado europeu. Nem todos os automóveis comercializados no Brasil são produzidos pela fábrica mineira. O Fiat 500, por exemplo, é importado da Europa e o Freemont, novo modelo que começará a ser vendido em agosto, será importado do México.
Todo o processo de desenvolvimento dos produtos no Brasil conta com uma participação ativa dos profissionais da matriz italiana.
— Há uma grande integração entre Brasil e Itália, desde a parte de engenharia e tecnologia até a parte de pesquisa de tendência e cores. Em função do tamanho e da importância do mercado do Brasil, a Fiat Itália leva muito em consideração a opinião dos brasileiros na hora de desenvolver os produtos — explica.
Essa integração não quer dizer que os carros comercializados em cada país sejam exatamente iguais.
— Cada mercado tem seu código cultural e a Fiat respeita as preferências de cada país. A cultura brasileira é diferente da italiana, que é diferente da chinesa, e por aí vai. Alguns modelos comercializados na Europa são vendidos aqui porque atendem à demanda do brasileiro. Outros modelos são mais específicos, porque foram pensados especialmente para o mercado latinoamericano. Mesmo os carros mais europeus são ‘tropicalizados’ para atender tanto às exigências do consumidor quanto às mudanças do clima e condições de estradas. Fazemos um estudo cuidadoso para atender às especificidades de cada região — explicou Lage.
Em seu aniversário de 35 anos, a Fiat dará início ao maior período de investimentos de sua história no Brasil. Até 2014 serão investidos R$ 10 bilhões na expansão da montadora no país. Serão R$ 7 bilhões destinados à expansão da fábrica em Betim, que ampliará sua capacidade de produção de 800 mil para 950 mil automóveis, e R$ 3 bilhões para a construção de uma nova fábrica no país. Localizada em Pernambuco, a nova unidade da Fiat irá produzir cerca de 200 mil veículos por ano.
— A Fiat vem se desenvolvendo mundialmente, vivemos um momento de expansão da empresa e o Brasil vem contribuindo muito para esse crescimento — conclui Lage.