Amos Genish disse que a filial brasileira é “estratégica”
(ANSA)
CEO da TIM, Amos Genish, reafirmou nesta quinta-feira (17) que a operação no Brasil não está à venda. A declaração foi dada em uma conferência com analistas, durante a qual ele disse que a filial no país sul-americano é “estratégica” para o grupo.
“É lucrativa, melhora e pode continuar sustentando nossa geração de caixa, ajudando a reduzir a dívida. Não será encorajada nenhuma consolidação que posa colocá-la em risco”, afirmou Genish. Esse é seu primeiro pronunciamento sobre o Brasil após o grupo francês Vivendi, maior acionista da TIM, ter perdido o controle sobre seu conselho de administração.
Por outro lado, Genish admitiu a hipótese de vender a Sparkle, dona de uma rede de 500 mil quilômetros de cabos de fibra ótica e considerada estratégica pelo governo italiano, que é acionista de minoria da TIM, com 5%.
“Não é um negócio vital, então continuaremos a considerar uma desconsolidação”, disse o CEO. Recentemente, o governo multou a TIM em 74,3 milhões de euros por ela supostamente não ter informado corretamente sobre a escalada acionária da Vivendi, que passou a ter participação relevante na Sparkle e em outras empresas estratégicas.
Também nesta quinta, a TIM na Itália deu início a um plano de aposentadoria voluntária de 3 mil a 4 mil funcionários. A medida foi proposta a sindicatos e se baseia no artigo 4 da “Lei Fornero”, a reforma da previdência italiana, que prevê que um trabalhador possa antecipar sua aposentadoria em até sete anos.
Isso só pode acontecer por meio de um acordo com sindicatos, e o funcionário deixa de trabalhar, passando a receber uma aposentadoria provisória até completar a idade mínima, que hoje é de 65 anos. Nesse período, a empresa continua pagando a contribuição previdenciária do ex-empregado.