Grupo agiu durante as gestões de Gianni Alemanno e Ignazo Marino
(ANSA) – A Terceira Corte de Apelação de Roma reconheceu nesta terça-feira (11) a existência do crime de associação mafiosa no esquema investigado pelo inquérito “Máfia Capital”, que desvendou uma rede de corrupção na prefeitura da “cidade eterna”.
Na sentença de primeiro grau, emitida em julho de 2017, o delito de associação mafiosa havia sido descartado pelo Tribunal de Roma. O crime é atribuído a 18 dos 46 réus, incluindo Massimo Carminati e Salvatore Buzzi, tidos como líderes do esquema.
No entanto, ainda assim eles tiveram suas penas reduzidas de 20 anos para 14 anos e seis meses de prisão, no caso de Carminati, e de 19 anos a 18 anos e quatro meses, no caso de Buzzi. “Essa sentença confirma a gravidade de como a associação entre empreendedores criminosos e uma parte da política corrupta devastou Roma”, disse a prefeita Virginia Raggi.
O Ministério Público acusa os réus de participarem de um esquema mafioso para fraudar contratos públicos no setor ambiental, por meio da extorsão de funcionários da Prefeitura de Roma. O líder do grupo seria Carminati, ex-terrorista da milícia neofascista Núcleo Armado Revolucionário (NAR).
Buzzi, ex-chefe de uma cooperativa de coleta e tratamento de lixo, seria seu “braço-direito”. O esquema ocorreu durante as gestões do conservador Gianni Alemanno (2008-2013) e do centro-esquerdista Ignazio Marino (2013-2015).