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Memórias de um gênio

20 de abril de 2012 - Por Comunità Italiana
{mosimage}Exposição sobre a vida e obra de Fellini no Rio desvenda o mundo fantástico e excêntrico do gênio italiano do cinema

Responsável por escrever belas páginas da história do cinema, o italiano Federico Fellini é homenageado com uma mostra que traz um panorama de seus trabalhos. Tutto Fellini, no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, exibe mais de 400 itens do universo do diretor, como fotografias de bastidores, desenhos feitos de próprio punho, revistas da época, cartazes, entrevistas e trechos de filmes. Sob a curadoria de Sam Stourdzé, diretor do Museu de l’Elysée, na Suíça, a exposição mostra que a câmera do diretor percorria e captava os exageros e as exuberâncias de lugares e pessoas. Os olhos de Fellini pousavam de forma obcecada sobre a cidade de Roma, o fazer cinematográfico e a cultura popular. O recorte cronológico da mostra situa-se no período de 1920 a 1990, período em que o processo criativo de Federico foi pulsante e visceral. Muitos de seus filmes espelham a relação terna e ao mesmo tempo melancólica que ele tinha com a Itália. As críticas retratadas em suas obras desenham o cenário da época vivida, com episódios autobiográficos de aversão ao totalitarismo e ao capitalismo. A exposição integra as comemorações do Momento Itália-Brasil e permanece em cartaz até 17 de junho. 
A incursão no passado de Fellini começa na adolescência, quando ele saiu da cidade de Rimini rumo a Roma para trabalhar em um jornal. Como caricaturista, seus desenhos ganham o contorno de mulheres grandes com curvas generosas, e de homens pequenos com rostos estranhos: personagens que, posteriormente, iriam saltar do papel e ganhar forma e movimento nas telas de cinema. 
 — Federico já desenhava mulheres bem “fellinianas”, como Anita Ekberg, de A Doce Vida, e ele nem tinha 20 anos — conta o curador Stourdzé.
Além dos desenhos com tom humorístico, Fellini também registrava as imagens projetadas no subconsciente durante a noite. No Livro dos Sonhos, o diretor traçava com a ponta do lápis essas lembranças. 
— Os sonhos dele são lindíssimos, no traço e no colorido. E ele também transcrevia o sonho, o que nos permite ler o início do processo criativo, do mundo onírico levado para os filmes — conta Priscila Sacchettin, assistente de curadoria do IMS.
A mente de Fellini é terreno fértil. Nela, florescem seres excêntricos e situações fantasiosas. O diretor explorou muito essa face surreal em seus filmes, e mesclou isso com situações factuais, que vivenciou ou assistiu nos meios de comunicação. No longa A Doce Vida, essa fusão entre realidade e ficção pode ser comprovada. Na abertura do filme, um helicóptero aparece carregando uma estátua de Cristo pelos céus de Roma. Uma imagem idêntica foi encontrada em uma reportagem gravada quatro anos antes, em Milão. Fellini se inspirou no que viu e adaptou para as telas de cinema. A sequência de striptease e o próprio banho de Anita Ekberg na Fontana di Trevi também não foram originais, mas baseados em imagens de revistas de celebridades da época.
— Ele trabalhava com muito cuidado para alterar fatos que aconteceram na vida real e os colocava em seus filmes. Fiquei muito surpreso ao descobrir isso — comentou o curador Stourdzé.
Desde os primórdios de sua filmografia, Fellini já consegue o feito de povoar a imaginação das pessoas com suas cenas circenses e paisagens fantásticas. Na mostra, o público terá a oportunidade de conhecer as mulheres que marcaram a vida do diretor, como as musas Anna Magnani e Giulietta Masina, sua atriz preferida e esposa de 1943 até a morte. A exposição também aborda a experiência de Federico nos estúdios da mítica Cinecittà e a parceira de sucesso com os roteiristas Ennio Flaiano e Tullio Pinelli, que lhe renderam as maiores obras de sua carreira, dentre elas, A Doce Vida, Noites de Cabíria, Os Boas Vidas, Oito e Meio e A Estrada da Vida.  O compositor das trilhas sonoras para o cinema, Nino Rota, também é lembrado pelas célebres canções compostas para os sucessos do diretor. Uma mostra de filmes ocorre paralelamente à exposição, com 20 clássicos fellinianos, incluindo o primeiro longa de Federico — Mulheres e luzes — além de Os palhaços, Julieta dos espíritos, Abismo de um sonho e Ginger e Fred.    

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.