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No tempo da moda

13 de novembro de 2012 - Por Comunità Italiana

{mosimage}A bolsa de negócios Fashion Business expõe novas tendências do outono-inverno 2013 abordando o tempo como tema e traz palestrantes como o estilista italiano Stefano Sorci

O Fashion Mall e o hotel Royal Tulip sediaram, de 6 a 9 de novembro, a 21ª edição do Fashion Business, em São Conrado, no Rio. O evento integra o novo calendário de moda da capital fluminense, que agora realiza edições do Fashion Rio e seus salões de negócios nos meses de abril e outubro, e não mais em janeiro. No evento, os lojistas de todo o país puderam conhecer as novas tendências de 170 grifes para o outono e o inverno de 2013. O salão contou com 90 estandes e apresentou dez novas marcas. Além disso, os visitantes puderam apreciar palestras de nomes importantes da moda, como o professor italiano do Instituto Marangoni, Stefano Sorci.
De acordo com a diretora geral da feira, Eloysa Simão, a reorganização das datas vai dar mais tempo para que as peças sejam produzidas, o que vai criar mais espaço entre a venda das coleções e a entrega e diminuir o cancelamento e as devoluções de pedidos. O consumidor final é que vai ganhar com isso, pois a mudança do calendário acarretará a queda dos preços em até 10%, aquecendo ainda mais o setor.
— A partir de agora, toda a cadeia pode organizar melhor a sua produção. Num evento como o Fashion Business, que chega a movimentar mais de R$ 800 milhões em vendas, essa economia pode chegar a 15%, ou seja, R$ 120 milhões — enfatizou Eloysa.
Para a organizadora do evento, outro ponto positivo na mudança do calendário é a geração de empregos. O salão gerou dois mil empregos a mais nesta edição, afirma.
— Muita gente teve que contratar mão de obra extra para conseguir entregar as coleções do verão, do alto verão, que ainda está entregando, e fazer as roupas da temporada de inverno. Nós gerávamos seis mil empregos diretos. Nessa edição, a gente conseguiu a marca de oito mil — ressalta a diretora.
O tema da feira foi o tempo, assim como a mudança e a velocidade na moda, que está sempre em busca do que é novo e das referências do momento. O assunto também inspirou a cenografia assinada por Julia Liberati, que utilizou muitos componentes de led com luzes coloridas para criar uma identidade visual. Fotos e vídeos foram utilizados nesse processo de criação para ilustrar a passagem de tempo e delimitar os contornos do corpo.
Além de investir em novas coleções, o lojista teve a oportunidade de enriquecer a bagagem cultural através das palestras com especialistas do mercado de moda, como diretores de marketing, consultores e empresários da área, sob mediação de Eloysa Simão. A primeira palestrante no fórum dos lojistas foi a diretora de pesquisa de moda da UseFashion, Patrícia Souza Rodrigues, que anunciou tendências para as coleções de outono/inverno 2013: misturas, o retorno do estilo militar, o vintage e os clássicos reinventados. Ela abordou a tendência Mixed, que consiste em mesclar cores, acessórios e estampas, inclusive as étnicas e de animais. E ressaltou o retorno do estilo militar: peças com muitos botões, casacos alongados, tecidos com texturas, roupas leves com aparência mais bruta e estampas atemporais, porém sem a presença do camuflado. A tendência vintage que mescla o antigo com o contemporâneo através de cortes geométricos, estampas tradicionais e bordados, nunca sai de moda, explica Patrícia.

Sorci ressalta a necessidade de pluralidade na moda
Outra palestra muito prestigiada pelo público foi a do professor italiano do Instituto Marangoni, Stefano Sorci, intitulada Os Novos Caminhos da Moda. Ele ministra aulas na instituição desde 2008 e já trabalhou como analista de moda e comprador da loja de departamentos La Rinascente por 12 anos. Atualmente, presta consultoria para empresas dos Estados Unidos, Japão e Inglaterra. Sorci procurou abordar três grandes importantes temas da moda contemporânea: o sistema produtivo e criativo, as novas tendências e a sustentabilidade através de novas tecnologias de produção e de novas fibras como matéria-prima.
O especialista forneceu uma visão geral do mundo da moda e do seu processo de globalização e mostrou as diferenças entre o local e o global e como melhor atender as necessidades dos clientes. Ele explicou como as marcas devem proceder para se adaptar ao mercado local, levando em conta a economia global. A moda sobrevive à crise econômica, e estilistas e empresários devem procurar se diferenciar no setor e não apenas copiar o que já existe, buscando utilizar cada vez mais produtos sustentáveis, defende.
— Hoje em dia o que se vê é essa tendência do global que se espalha e torna o mundo uniforme. As roupas que usamos em Milão são vistas em Paris, Tóquio, Londres. É necessária uma identidade cultural que resgate o diálogo entre o presente e o passado e valorize a herança cultural — enfatiza.
O professor italiano explorou as macrotendências em seu discurso e “desenhou” o que os jovens usam hoje em dia. As tendências do mundo digital estão muito em voga e assimilam o pensamento high tech. Dentro desta vertente, Sorci falou sobre a tendência do Chemical Cartoon, que usa computação gráfica nas estamparias, objetos quadrados que se assemelham a peças do Lego e pixels como nas imagens dos computadores. É uma moda jovem, que remete aos mangás, que são as histórias em quadrinhos japonesas. Outra tendência dentro do mundo digital é a Cyber Strange, onde as cores das roupas, segundo Stefano, transmitem um efeito ambíguo de verdadeiro e falso, e os cortes das vestimentas deixam as formas irregulares, utilizando muito a malharia para dar o efeito de fragmentação.
— As macrotendências levam em consideração fatores sociais, econômicos e culturais. Elas são desenvolvidas a partir das expressões de vida, seja na forma como a pessoa se alimenta, seja em suas viagens e outras atividades.
A segunda tendência abordada por Stefano foi a Next Nature, que engloba a subtendência chamada Sublime Nature, remetendo ao street cautoure onde formas de animais aparecem em joias e outros objetos luxuosos. Outra corrente da Next Nature é o Dark Resort, que lembra a floresta noturna e utiliza nas roupas o efeito fluorescente. O Carnaval brasileiro, temática do segmento, recorre ao uso de plumas de pássaros, coloração em excesso e estamparias diferentes misturadas. A Neo Geo também segue uma linha naturalista e utiliza material reciclável e orgânico.
— A Next Nature constrói as roupas a partir de formas e cores provenientes da flora e fauna. Essa tendência é ecologicamente correta e utiliza tecidos naturais e de origem biológica — enfatiza Sorci.
A terceira tendência que Stefano disse ser muito vista hoje é a da moda urbana. A primeira corrente dessa tendência é a Desert Elegance, que abusa da alfaiataria e usa um volume simples, na qual a roupa não encosta no corpo. A Luxury Archaeology também utiliza formas minimalistas com cortes regulares, inspirada nos origamis e na espiritualidade. Após falar sobre as tendências usadas no mundo inteiro, o estilista italiano lembrou que a publicidade explora cada vez mais as imagens de celebridades que costumam ser admiradas e servem de exemplo comportamental, mas principalmente de parâmetros da moda. Ao final, ele falou sobre a necessidade da produção consciente e ecologicamente correta e da necessidade de diferenciação no mercado, que anda oferecendo muitas modelagens parecidas.
— Assim como no movimento slow food, que procura ir contra as comidas rápidas do fast food, atualmente está sendo difundido o slow design, que busca ir contra a padronização e o senso comum, a favor da democracia de gostos, da diferenciação na indústria criativa e da valorização da moda eco-friendly — conclui.   

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.