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Rumo ao sul

13 de novembro de 2012 - Por Comunità Italiana

{mosimage}Salão de Gênova mostra que os estaleiros italianos navegam em direção aos mercados emergentes, como o Brasil, onde será construído mais um estaleiro do grupo Azimut-Benetti até 2014

O salão náutico de Gênova celebra a tenacidade dos armadores em navegar contra o vento da crise econômica. Todos sabem que depois da tempestade chega a bonança. Mas quando? Ao invés de plantar os pés em terra firme à espera de respostas, os estaleiros italianos, líderes mundiais na construção de iates e super-iates, navegam rumo a novos mercados. Apontar a proa para as costas do Brasil, da Rússia, da Índia e da China é a solução para compensar a estagnação dos mercados europeu e norte-americano. A saída em direção aos emergentes atenua os efeitos das quedas das vendas. Somente no arco de um ano, o setor já perdeu cerca de 20 mil empregos.
Os fabricantes italianos e os seus concorrentes franceses, ingleses, alemães e holandeses, entre outros países, marcaram presença no salão de Gênova, que foi transformado em uma vitrine de novos modelos nos campos do luxo, do conforto e da tecnologia. Foram 200 mil metros quadrados de área expositiva em quatro pavilhões e duas marinas, abertos ao público de 6 a 14 do último mês de outubro. Mesmo sabendo que, nos dias de hoje, modernidade, sofisticação e beleza chamam mais a atenção de admiradores do que de compradores, os fabricantes acreditam que precisam estar prontos para a retomada dos negócios. Lançaram âncoras em Gênova os novos 55S Azimut Yachts, o Sense 46 Beneteau, o Vision 42 Bavaria e o Benetti Delfino 93. Enfim, uma esquadra internacional, com os estaleiros italianos, franceses e alemães que disputam uma regata de eficiência e design para conquistar os clientes mais do que exigentes.
As quase 1500 embarcações expostas são capitaneadas por um mega-iate com 72 metros de comprimento. O Stella Maris foi varado em julho deste ano pelo estaleiro Viareggio Superyachts, ao custo de 90 milhões de euros. O gigante impressiona e faz muita gente sonhar e até ganhar um torcicolo de tanto olhar para o alto. Ali, bem ao lado, porém um pouco menores, estão barcos que navegam nos sonhos dos amantes do mar, embora fiquem longe das costas brasileiras, nem tanto pelo valor pago, e sim pelo imposto cobrado. É o caso do primeiro modelo Benetti Delfino 93, avaliado em 10 milhões de euros, vendido a um cliente brasileiro.
O importador Aderbal Coelho Júnior, responsável pela operação, afirma:
— No Brasil, o barco custa o dobro. O armador prefere deixar o iate em Miami e viajar de primeira classe de avião sempre que quiser navegar — afirma.
A fuga é também italiana. A pressão fiscal do governo chefiado por Mario Monti sobre os proprietários de embarcações acima dos dez metros de comprimento é responsável, em boa parte, pela migração de armadores rumo à França, Croácia e Espanha, onde os impostos são bem menores. O resultado foi a redução de 33% da vagas ocupadas nas marinas e uma diminuição da vendas de 3% no mercado interno, além de 75% a menos no trânsito dos iates pela costa italiana.

Nova fábrica em Santa Catarina até 2014
Desembarca no Brasil mais um estaleiro do grupo Azimut-Benetti. O anúncio foi feito no apagar das luzes do salão náutico de Gênova. Depois de vender 500 barcos em dez anos no país, o colosso italiano decidiu investir na construção de um segundo estabelecimento em Santa Catarina, que deverá estar pronto em 2014. O objetivo é a produção, nos próximos três anos, de 100 iates, entre 45 e 70 pés. Dias antes da abertura do salão, a concorrente Sessa Marine inaugurou uma nova fábrica no mesmo estado. A decisão confirma o solo catarinense como um pólo náutico. Não por acaso, uma comitiva de autoridades públicas do estado — entre eles o secretário de infraestrutura Vladimir Cobalchini — visitou o salão de Gênova.
O presidente da Associação Catarinense de Marinas, Leandro “Mané” Ferrari, assinou acordos com o Ministério italiano do Desenvolvimento Econômico e a Ucina, uma espécie de Fiesp naútica italiana. O objetivo é atrair mais investimentos e proporcionar a criação de mão de obra especializada no Brasil.
— Iremos reduzir a burocracia ao mínimo para estreitar os laços com as empresas italianas — garante o secretário Vladimir Cobalchini.   

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.