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Editoriais

Pietro Petraglia

Onde estará a saída

19 de agosto de 2019 - Por Pietro Petraglia
Onde estará a saída
Pietro Petraglia Editor

O intrincado jogo da política italiana deixa o mais atento analista fora do eixo. Duas forças completamente opostas, a direita de Matteo Salvini e o movimento antissistema de Luigi Di Maio, desde que assumiram o País não encontraram pontos para o bem comum. Agora, a chamada “Terceira República”, uma tragédia que tentava unir xenófobos e populistas, tem um xeque mate na moção de censura movida por Salvini contra o primeiro-ministro Giuseppe Conte. Mas tudo é possível. Se, no mês de maio, a vitória contundente da Lega de Salvini e o naufrágio do M5S nas eleições europeias marcou a guinada rumo ao fim da coalizão, hoje, enquanto escrevo estas linhas, se fala que o mesmo Salvini estaria disposto a entregar o cargo de premier ao líder Di Maio, depois de ter visto uma aproximação entre os penta-estrelados e o Partido Democrático.

E as eleições, desde sempre iminentes, se tornam ainda mais sensíveis para os cidadãos que votam no exterior. O tempo de produção e organização de todo aparato para tornar viável o voto no exterior cria uma demanda extra para consulados e embaixadas e o tempo também não é favorável para candidatáveis que buscam justificar plataformas o que faz com que as poucas cadeiras dedicadas ao contingente fora da bota sejam muitas vezes ocupadas não pelos melhores mas pelos mais espertos.

O experimento político tem um alto custo para a população, que vê as finanças derreterem e o ministro da Economia Pier Carlo Padoan afirmar que “é a economia mais frágil da eurozona com crescimento do PIB estimado em 0,1%”. O contexto é caótico. Crise de governo, falta de política para crescimento, forte dependência das exportações ameaçadas pela guerra comercial entre EUA e China e pela possível recessão da Alemanha, com um débito público acima de 132%.

Justo no momento em que especialistas citam a metáfora do Cisne Negro para falar de eventos globais pouco previsíveis para justificar um impacto negativo na economia global. E os fatos não são poucos para a caminhada a uma recessão global que poderá atingir ainda mais países que tentam se reerguer na última década. A começar pela saída descontrolada do Reino Unido da União Europeia, que se confirmada sem acordo com o bloco europeu, veria uma desvalorização da Libra, aumento da inflação e colocaria freio no crescimento da Inglaterra. Outra grande preocupação está na gigante Alemanha, que depois do verão mais quente de sua história se prepara para o outono com contas muito piores neste terceiro trimestre, com balança comercial desfavorável e dados da produção industrial negativos. A capital financeira alemã Frankfurt se prepara para o pior em meio aos acontecimentos do “Cisne Negro”. O anúncio do Planalto brasileiro de que se a esquerda retomar o poder na Casa Rosada argentina o Brasil sairia do bloco do Mercosul também estressa os mercados. A preocupação em torno de um possível domínio populista peronista nas eleições presidenciais de outubro fez o risco de insolvência argentino aumentar. Em 2002, Buenos Aires declarou default sobre 100 bilhões de dólares de títulos soberanos, praticamente o país que estava na bancarrota trocou os títulos por outros com valores menores oficializando calote em investidores globais. No Golfo Pérsico crescem as tensões com o sequestro de navios petroleiros que transitam no estreito de Hormuz. A briga entre os EUA e os aiatolás pode envolver Israel, onde muitos expoentes do governo Netanyahu temem a retomada dos planos nucleares de Teerã. No estreito de Hormuz passa um quinto da produção mundial de petróleo. E o principal fator do desastroso cenário econômico mundial é a guerra comercial entre os EUA e a China. Os agricultores americanos já perderam mais de 17 bilhões de dólares com esse embate e a curva de rendimentos dos títulos do Estado Americano para títulos de 2 e 10 anos se inverteram negativamente, o que anuncia uma recessão. O medo é de que a guerra comercial se estenda também a produtos europeus como carros, vinhos ou queijos.

Em meio a todo esse nebuloso caminho entre instabilidade política e econômica mundial, resta-nos, por hora, admirar a essência da beleza italiana presente nas páginas desta edição e provar todos os sabores que Comunità oferece.

Boa leitura!

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.