O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, renunciou ao cargo nesta terça-feira (20) culpando a Liga, partido da extrema-direita que formava a coalizão de governo, que decidiu apresentar uma moção de desconfiança. Ele acusou o ministro do Interior, Matteo Salvini, de arruinar a coalizão e arriscar a economia do país por interesses pessoais e políticos.
Dirigindo-se ao Parlamento após o recesso de verão para decidir o futuro do governo, Conte acusou o líder da Liga de se aproveitar da própria popularidade.
“(Salvini) tem demonstrado que está seguindo os próprios interesses e os de seu partido”, disse Conte ao Senado, enquanto Salvini sentava a seu lado com expressão impassível. “Suas decisões trazem sérios riscos a este país.”
O presidente Sergio Mattarella decidirá se convoca eleições ou tenta formar uma nova maioria parlamentar.
Luigi Di Maio, chefe do Movimento 5 Estrelas, uma das frentes políticas que dão sustentação ao governo da Itália, já tinha sinalizado que a coalizão que está no poder iria acabar.
Di Maio agradeceu o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, por seu tempo no cargo.
“Aconteça o que acontecer, queria lhe dizer que foi uma honra trabalhar junto nesse governo”, disse Di Maio, que atua como vice-premiê no gabinete.