A empresa francesa Alstom teria pagado propina para funcionários do governo de São Paulo em 1998 para conseguir um contrato com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), revela um documento encontrado na sede da empresa na França.
O documento revela que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE foram subornados na época da gestão do governador Mario Covas (PSDB) pela empresa francesa que queria conseguir um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época) co a estatal, publicou hoje (20) o jornal Folha de São Paulo.
Na época da assinatura do contrato o secretário de Energia era Andrea Matarazzo, que nega ter recebido propina mas já foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por corrupção.
O documento revela que a Alstom usava siglas para se referir aos destinatários dos subornos, “SE” se referia a Secretaria de Energia, as diretorias eram designadas como DF, DT e DA. Na investigação a PF chegou até agora ao intermediador da propina, o lobista Romeu Pinto Jr., que confirmou ter recebido dinheiro da empresa francesa para pagar suborno. (ANSA)