Senna em Milão
Foi dada a largada para as celebrações em homenagem a Ayrton Senna, morto há 20 anos em Ímola. Em Milão, a primeira escala de sua vitoriosa carreira na Europa, está em exibição, em uma loja da Pirelli, no centro da cidade, o kart que foi usado pelo piloto, em 1980. O evento reuniu muitos fãs do brasileiro, entre eles, o ex-piloto italiano Ivan Capelli, adversário de Senna nas pistas e o primeiro patrão dele, Angelo Parrilla, dono da escuderia DAP, de kart.

Cultura provinciana
A província de Milão está para fazer caixa às custas da cultura. Na contramão da tendência do novo governo Renzi, de valorizar o que a Itália tem de melhor — a cultura (em todas as suas declinações) — o prédio que abriga o Spazio Oberdan, na entrada de Porta Venezia,  foi incluído na lista de imóveis que serão vendidos. Com 26 mil filmes no acervo e 800 projeções por ano, o espaço é administrado pela Fundação Cineteca e é o principal centro cultural da cidade quando o assunto é cinema. O Comune de Milão, porém, já iniciou as negociações para impedir mais uma tragicomédia italiana.

Salão do Móvel
Milão se prepara para receber cerca de 2.500 empresas de nível internacional que atuam no setor de móveis. O evento de design vai acontecer entre os dias 8 e 13 de abril. O Salão também vai ser um banco de provas para a Expo 2015. Centenas de voluntários e estudantes irão indagar e ajudar os turistas e visitantes. São esperadas cerca de 350 mil pessoas,  entre compradores, expositores, designers, arquitetos e jornalistas. Uma das grandes atrações é a seleção de casas de oito arquitetos. Mas não são casas quaisquer. São as casas onde eles vivem. A mostra se chama Onde vivem os arquitetos e dela participam o casal italiano Doriana e Massimiliano Fuksas, o brasileiro Marcio Kogan, o japonês Shigero Ban, o inglês David  Chipperfield, o americano Daniel Libeskind, a iraquiana Zaha Hadid e o indiano Bijoy Jain/Studio Mumbai .

Tempo das cavernas
A pílula do dia seguinte, abortiva para uns, e, pela lei, contraceptiva para outros, é quase uma miragem nas prateleiras das farmácias milanesas que pertenciam ao Comune. São 84 estabelecimentos, incluídos numa rede que abrange um total de 550, e a maioria dos farmacêuticos professa a fé católica. Na Itália, a cliente precisa de receita médica para ter acesso à pílula do dia seguinte. E, para tê-la, a paciente tem que passar por uma consulta com o médico de família que poderá ou não prescrever o remédio, devido à objeção de consciência, ou seja, à rejeição de normas jurídicas em nome de uma ética ou convicção pessoal. Enfim, um calvário medieval em pleno século XXI.

Novas paradas subterrâneas
A linha lilás do metrô milanês abriu mais duas paradas que se juntam às sete em funcionamento, atualmente com capacidade para transportar cerca de 30 mil passageiros diários. Isola e Garibaldi agora também estão conectadas entre si pelos trens do subterrâneo. O trem é totalmente automático — sem condutor — e viaja com intervalos a cada três minutos. Uma obra colossal, em tempos de vacas magras, com uma profundidade que chega a 23 metros abaixo da superfície, o equivalente a um prédio de sete andares de cabeça para baixo, o ponto mais fundo de toda a rede. Por cima, passam os trilhos da linha Verde do metrô e da ferrovia que cruza a estação de Porta Garibaldi. Outras cinco paradas devem estar prontas até a Expo 2015, incluindo aquela do estádio San Siro.