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la gente, il posto

20 de maio de 2014 - Por Comunità Italiana
la gente, il posto

ClaudiaMonteiroDeCastro1Osteria di Passignano
Para os amantes de Bacco e da boa mesa, este lugar é um paraíso. Tem gente que percorre 200 km para vir almoçar neste cantinho gastronômico da Toscana. A osteria, que na realidade é um elegante restaurante, fica em um vilarejo medieval chamado Badia di Passignano, onde fica um antigo monastério. De frente para o restaurante se aprecia uma longa extensão de vinhas da Casa Antinori, que produz o Chianti clássico de reserva Badia a Passignano, que envelhecem em barris na cave da abadia.  Um lugar para curtir boa comida, bom vinho e paisagens sublimes.

 

 

 

 

 

 

ClaudiaMonteiroDeCastro2Serviço no capricho
Já mencionei antes nesta coluna e continuo reclamando: na Itália, raramente, existe atenção ao cliente. O lema deste país deve ser “o cliente nunca tem razão”.
Nunca vou me esquecer do meu primeiro ano na Itália, quando fui a um salão de beleza para fazer as unhas. Já sentada, observei um cartaz dizendo que não aceitavam cartão, nem de débito, nem de crédito. Avisei a moça que me atendia que, assim que acabasse de fazer minhas unhas, eu iria à esquina mais próxima para retirar o dinheiro. Mas ela já foi jogando pedras:
“Xiii, conheço esse golpe. Muitos fizeram assim e não me pagaram!” Levantei, fui embora e nunca mais voltei. E o pior é que eu já tinha ido outras vezes ao salão. Mas nunca tinha sido atendida por ela.
Outro caso de péssimo serviço. Eu e meu companheiro somos clientes fiéis de uma rosticceria, onde muitas vezes compramos frango assado e outras comidinhas para levar para casa. Certa vez, ao invés de levar para casa, resolvemos comer no local. O dono disse, gentilmente: “Querem um golinho de vinho?” E nos serviu um copinho bem pequenino de vinho da casa. Pelo tom, parecia uma gentileza, uma oferta por termos ido tantas vezes. Mas que nada! Na hora de pagar a conta, lá estavam no recibo dois copos de vinho. Serviço ao cliente zero… Generosidade, o caramba! Como gato escaldado tem medo de água fria, agora, quando entro numa loja, num salão de beleza, num bar, sei que tipo de serviço vou receber: nenhum, além do mínimo necessário. Sem mais ilusões.
Mas não há nada melhor do que mudar de ideia de vez em quando e devo dizer que, em alguns lugares, recebi tratamento de princesa. São dois os locais que aquecem meu coração cada vez que vou: uma lavanderia e um café.
A lavanderia me conquistou quando levei uma vez um vestido chique só para passar, pois estava limpo, e a dona não me cobrou nada. Depois, quando eu levava uma roupa e uma echarpe para lavar, não cobrava a echarpe. Ou dava um descontão. Quando lavou dois terninhos dos meus filhos, não cobrou, “afinal”, disse, “são futuros clientes”. Para mim, não é tão perto ir até lá, pois estão a dez quadras de casa, e existem outras lavanderias na minha rua. Mas seu sorriso, sua generosidade, seu famoso serviço ao cliente, me fazem caminhar até lá e voltar cheia de cabides na mão com roupa lavada e passada, só porque ela merece, ela faz a diferença.
Outro lugar é um café perto de casa chamado “La dolce vita”. Nunca vou me esquecer de quando estava grávida e às vezes tomava um copo d’água e alguns biscoitos e eles não tinham coragem de cobrar. Outra vez, meus meninos tomaram dois sucos e também não cobraram. Eles foram, em algumas ocasiões, tão gentis que vou me lembrar deles para sempre. Conto para todos sobre como eles sabem tratar os clientes. E para os italianos que ainda não descobriram esta verdade preciosa, queria avisar que, sinto informar, mas o cliente tem sempre razão.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.