O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, apresentou nesta sexta-feira (20) o seu plano de paz para a Ucrânia com 14 pontos.
Entre os pontos do plano estão o desarmamento, a impunidade para os separatistas que não foram acusados de crimes graves, a criação de um corredor para permitir aos “mercenários” de deixar o país, “a centralização do poder e a proteção da língua russa através de emendas constitucionais”.
Poroshenko e o presidente russo, Vladimir Putin, trataram da situação na Ucrânia e do plano de paz anunciado por Kiev durante um telefonema realizado durante a noite de ontem, informou o porta-voz do mandatário russo, Dmitri Peskov.
O telefonema foi realizado pelo presidente ucraniano que “ilustrou as linhas e os tempos de realização do seu plano de paz e também destacou a necessidade de liberar todos os reféns e estabelecer um sistema de controles eficiente na fronteira da Rússia com a Ucrânia”, afirmou Poroshenko.
Por sua vez, Putin destacou a importância “do encerramento imediato da operação militar de Kiev nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk”.
Este é o segundo telefonema entre os dois líderes nesta semana depois da realizada em 17 de junho.
Rússia O reforço das tropas russas na fronteira se deve à adoção de “medidas para proteger as fronteiras russas”, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Peskov informou que a Rússia “está surpresa” com as declarações de ontem (19) do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Andres Fogh Rasmussen, que falou de “um passo atrás muito deplorável” se referindo a medida russa na fronteira, e precisou que a ordem foi dada pelo próprio Putin “há algumas semanas e que se deve ao aumento dos casos de violação da fronteira inclusive com meios militares”.(ANSA)