Brebemi
Quem viajar de Milão para Brescia pode usar a nova rodovia A35, conhecida como Brebemi (Brescia-Bergamo-Milão), aberta no fim de julho. Com 62,1 quilômetros de extensão, atravessa 43 municípios e custou pouco mais de um bilhão e meio de euros.  A obra reduz em até 60% o tráfico de caminhões pesados na viabilidade local e, principalmente, permite economizar 6,8 milhões de horas perdidas em engarrafamentos diários para ir, de carro, de uma cidade a outra. Proposta em 1996, licitada em 2003, e financiada em 79% pelos bancos e 21% pelos sócios, será reembolsada pelos motoristas através dos pagamento de pedágios.

Milão em crise
A economia milanesa ainda não voltou a correr nem a fazer justiça ao título de locomotiva do país. Mas a solidariedade continua alta para ajudar os mais necessitados. Quem perdeu o trabalho vai ter direito a uma bolsa de 500 euros durante dez meses. A contrapartida é a de ser um vigilante social da cidade e alertar às autoridades sobre os problemas de degradação, violência e dos idosos em dificuldades. A primeira licitação pública sai agora em agosto e vai contemplar 50 desempregados.

Chove chuva
Os milaneses não aguentam mais. Explode na rede um vídeo que exorciza o mau tempo. Julho foi o mês que marcou um recorde histórico, de 115 anos. E olha que, na conta a seguir, não entram os temporais dos dias 28 e 29: 237,6 milímetros de chuva. Desde o começo de junho, data que marca o verão meteorológico, o céu já despejou 374,2 mm de água. Duas cheias do rio Seveso, em plena Milão, tiraram os moradores do sério. O rio Lambro, em Monza, também inundou os arredores da cidade e por pouco não banhou o centro. Espera-se um clemente agosto.

Armani Museu
Depois do teatro-cinema e do palco de seus desfiles, Giorgio Armani investe em uma outra velha fábrica na badalada (após a sua chegada) Zona Tortona. Antes da abertura da Expo 2015, o estilista pretende inaugurar o seu museu, onde vai hospedar a coleção permanente de suas criações, além de mostras de arte temática temporárias, peças de estilistas jovens e emergentes. Vai servir ainda de lugar para conferências e formação profissional, pesquisa e divulgação da história da moda e dos costumes. “Coloco à disposição da cidade não apenas minhas roupas, mas o sentido da matéria e da experiência. Milão foi, para mim, uma dura e leal professora”, comentou o estilista.

Inglês ou italiano
A contagem regressiva começou em 2012. Dentro de dois anos, o Politécnico de Milão deve adotar o inglês como língua oficial. Mas há revolução e batalha judicial entre os professores que não aceitam a determinação. Resultado: depois de idas e vindas aos tribunais e apelos, o veredito final vai ser dado pelo Conselho do Estado, em novembro. A ideia de fundo da adoção do idioma internacional é atrair mais estudantes do estrangeiro e aumentar as possibilidades de trabalho para os formandos. O problema é ter professores e estudantes com o nível alto do inglês. Uma equação complicada de resolver na terra da polêmica.