Segundo informação da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (2), o ebola já matou 31 pessoas na República Democrática do Congo (Congo DR). No entanto, a epidemia está circunscrita a região de Boende, a cerca de 800 quilômetros da capital, Kinshasa.
O novo surto de ebola no Congo DR foi confirmado no último dia 24. Foi no país, em 1976, que o vírus foi descoberto, nas proximidades da vila de Equateur.

Alerta da FAO – A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) afirmou que o ebola provoca carência de mão de obra e coloca em risco a colheita e poderá influenciar o preço dos alimentos em três países atingidos pelo vírus: Libéria, Guiné e Serra Leoa. A denúncia da FAO foi feita pelo Sistema mundial de informação e alerta precoce (GIEWS), que lançou um alerta especial. “A interrupção da comercialização dos gêneros alimentícios nos países da África ocidental atingidos pelo vírus vai dificultar o encontro dos alimentos e gerar preços maiores”, diz o documento da FAO.

Greve na Libéria – Os enfermeiros do John Fitzgerald Kennedy, o maior hospital da Libéria, na capital Monróvia, estão em greve desde esta segunda-feira (1). O país é o mais atingido pelo surto do ebola. Os enfermeiros pedem melhores equipamentos de trabalho para evitar o contágio. Na Libéria, até o momento, foram diagnosticados 1.378 casos, que vitimaram 694 pessoas.

Novo teste – Um novo método que revela a presença do vírus ebola em 30 minutos foi criado na Universidade de Nagasaki, no Japão. Os pesquisadores buscam agora um parceiro industrial para iniciar a produção em grande escala. O anúncio foi feito nesta terça-feira (2), informa a agência Nikkei.
O novo teste é mais simples que o usado atualmente nas zonas atingidas pelo vírus. Além de necessitar de menos equipamentos, afirmou Jiro Yasuda, um dos idealizadores do método. É usado um filamento de DNA formado das seis sessões do genoma do vírus, que é misturado ao sangue do paciente e analisado após um aquecimento de 60 a 65 graus. Se o ebola está presente, o filamento se amplifica e a proveta torna-se turva. Os testes foram realizados em amostras do vírus no Canadá. “O método requer uso de equipamentos que custam apenas algumas centenas de dólares”, disse Yasuda.
No combate ao vírus, até jogos de vídeo game foram criados. O popular videogame Foldit, criado na Universidade de Washington, ajuda os pesquisadores a estudarem pontos fracos do vírus ebola.
No jogo, já foram encontradas duas proteínas, que segundo os pesquisadores, conseguem se unir ao vírus, deixando-o inativo. Uma versão “real” desta solução será testada em laboratório.
Corredor humanitário – A Costa do Marfim, que faz fronteira com a Libéria e Guiné, decidiu abrir parte de suas fronteiras para um corredor humanitário, econômico e sanitário com os dois países, atingidos pelo ebola. (ANSA)