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Novos governos

17 de novembro de 2014 - Por Comunità Italiana
Novos governos

Novos governosEleições no Brasil se dividiram entre continuidade e renovação. Saiba quem são os governadores eleitos cuja relação com a comunidade italiana é marcante

Enquanto nas eleições para o governo federal, a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, com pouco mais de 3% dos votos de diferença para seu adversário, o senador Aécio Neves (PSDB), escancarou a divisão política do Brasil e os grandes desafios que a governante terá pela frente em seu segundo mandato, nos estados do Sul e Sudeste os resultados variaram entre continuidade e renovação. Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina reelegeram seus atuais governadores, enquanto Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul optaram pela mudança.
No maior colégio eleitoral do Brasil, com 22% do eleitorado brasileiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito e conquistou seu quarto mandato, mantendo a hegemonia de 20 anos do seu partido à frente do governo paulista. Apesar das fortes críticas pela crise de abastecimento de água em São Paulo, o médico natural de Pindamonhangaba focou sua campanha nas propostas para as obras de expansão do metrô e de interligação por trilhos da capital com o interior e o litoral.
Em Minas, o ex-ministro e amigo pessoal de Dilma desde os tempos da juventude, Fernando Pimentel (PT), foi eleito governador no primeiro turno, derrubando uma hegemonia de 12 anos do PSDB no estado e abrindo caminho para a decisiva vitória de Dilma no reduto político de Aécio Neves, que governou o estado mineiro por dois mandatos (2002-2010) e ainda elegeu seu sucessor, Antônio Anastasia, em 2010.

Vitória da comunidade italiana no Rio
No Rio de Janeiro, a reeleição do atual governador Luiz Fernando de Sou­za — conhecido como Pezão — marcou também a vitória da numerosa comunidade italiana no estado, a qual abraçou a campanha do candidato do PMDB, que assumiu o governo estadual em abril deste ano, após a renúncia de Sérgio Cabral. Natural de Piraí, no Sul fluminense, onde foi prefeito por dois mandatos (1996-2000) e recebeu prêmios internacionais pela implantação do sistema de informatização conhecido como Piraí Digital, Pezão venceu as eleições no segundo turno com 55,78% dos votos válidos. Vice-governador do Rio nas duas gestões comandadas por Cabral (2006 e 2010), foi secretário de Obras do estado e foi responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos Com­plexos do Alemão, Manguinhos, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo e Ro­cinha. Diante do grande número de empresas italianas de diversos setores instaladas no Rio, o governador é um grande apoiador de parcerias comerciais e culturais com a Itália. Em entrevista à Comunità, publicada em junho, Pezão salientou o crescimento de 54% das trocas comerciais entre Rio de Ja­neiro e Itália de 2007 a 2013. “O Rio de Janeiro tem crescido muito, nos últimos anos, em alguns setores em que a Itá­lia tem muita experiência, como máquinas e aparelhos mecânicos, rochas ornamentais, serviços de softwares e TI, design e inovação”, afirmou, destacando também as parcerias culturais, como a que possibilitou a restauração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro através do inter­câmbio de técnicos e especialistas com a Região da Toscana.

Renovação capixaba
No Espírito Santo, estado que abriga uma das maiores colônias italianas do Brasil, o economista Paulo Hartung (PMDB) conquistou seu terceiro mandato como governador capixaba ao vencer já no primeiro turno o ex-aliado e atual governante, Renato Casagrande (PSB). Em 2010, Hartung deixou o comando do Palácio Anchieta após oito anos com 81% de aprovação da população, sucesso que garantiu, inclusive, a eleição de Casagrande, que, na época, recebeu seu apoio. Entre os grandes problemas a serem enfrentados pelo novo governador está a segurança pública, com o Espírito Santo classificado como o segundo estado mais violento do Brasil — com uma taxa de 47,3 homicídios por cem mil habitantes, perdendo apenas para Alagoas, que tem taxa de 64,6.

Vice-governadora e liderança da comunidade italiana
O atual governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), foi reeleito ainda no primeiro turno, derrotando candidatos de peso, como o senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB) e a ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT). Ex-prefeito de Curitiba por dois mandatos, fortaleceu suas relações com a forte comunidade ítalo-paranaense ao longo de sua vida pública. Convocou para compor sua chapa como vice-governadora a deputada federal Cida Borghetti, conselheira do Comites do Paraná e de Santa Catarina. Após dois mandatos como deputada estadual, Cida conquistou em 2010 uma vaga no Congresso Nacional, tornando-se a mulher mais votada da história do Paraná para o cargo de deputada federal. Outro destaque importante para a comunidade italiana é o programa Paraná Competitivo, lançado pelo governo de Richa em 2010 e que já atraiu mais de R$ 20 bilhões em investimentos com incentivos para a instalação de novas indústrias no estado, incluindo o grupo farmacêutico italiano Gloriamed,  que está iniciando suas atividades no Brasil com um investimento de mais de R$ 10 milhões para a abertura de uma fábrica em Londrina.

Santa Catarina reelege ítalo-brasileiro
Cidadão ítalo-brasileiro que recebeu o certificado de cidadania diretamente das mãos do embaixador italiano no Brasil, Raffaele Trombetta, Raimundo Colombo (PSD) foi reeleito governador de Santa Catarina no primeiro turno. Em seu primeiro pronunciamento após a divulgação dos resultados, reafirmou que a segurança será uma das prioridades do novo governo, em meio a uma onda de atentados contra órgãos de segurança pública que assustou a população catarinense nas semanas anteriores ao pleito. Colombo é natural de Lages, no centro-sul do estado, onde foi prefeito três vezes e teve mais de 90% dos votos válidos. Com mais de 65% da população de ascendência italiana, Santa Catarina importa da Itália principalmente vinhos e calçados, além de máquinas e equipamentos para a indústria. Assim como Colombo, descendente de imigrantes da Lombardia, a maior parte dos ítalo-catarinenses tem origens no Norte da Itália, principalmente do Vêneto, Lombardia e Trentino.

Da colônia para Porto Alegre
As manchetes gaúchas, no dia seguinte às eleições, destacavam: “o gringo vai descer a Serra”. Natural de Farroupilha, a mais antiga região de colonização italiana na Serra Gaúcha, o professor de cursinho, filósofo e ex-seminarista José Ivo Sartori (PMDB) foi eleito governador com ampla vantagem sobre o atual detentor do cargo Tarso Genro (PT), com 61,21% dos votos. Ex-prefeito de Caxias do Sul (RS), comprovou nas urnas a boa fama que mantém nas regiões das colônias: conquistou uma média acima de 70% dos votos nas cidades da Serra. Considerado uma surpresa eleitoral, o candidato começou a campanha em terceiro lugar nas pesquisas, com apenas 5% das intenções de voto. Uma das principais personagens da campanha vitoriosa saiu diretamente das colônias italianas: Dona Elsa, 86 anos, moradora de Antônio Prado, ficou famosa ao aparecer na TV contando que ainda guardava a “mala de papelón” na qual o filho levou seus poucos pertences quando partiu para ser seminarista. Criado na área rural de Farroupilha, primeira colônia a receber italianos no Rio Grande do Sul no século XIX, carrega até hoje hábitos típicos dos “gringos” (apelido dado aos descendentes de italianos), como o jogo de cartas “scopa” e a devoção a Nossa Senhora do Caravaggio.
Autor do projeto que instituiu o Dia da Etnia Italiana no Rio Grande do Sul, comemorado em 20 de maio, Sartori mantém relação de proximidade com a comunidade italiana, em especial com as empresas fundadas por descendentes que tornaram a Serra Gaúcha um polo industrial nos setores da indústria metal-mecânica, vitivinícola e moveleira. “A integração dos imigrantes italianos ao desenvolvimento fabril ou à agricultura forjou hoje, o que está sedimentado na forte economia gaúcha, sobretudo nestes dois segmentos”, destacou o governador eleito em entrevista à Comunità, salientando a necessidade de se “fortalecer e fixar as empresas de origem ítalo-brasileiras em atividade em solo gaúcho. Ele ainda afirmou que o governo deve ser o indutor para ações conjuntas com as entidades representativas através das associações, Câmaras de indústria e comércio e cooperativas de produção, “com o objetivo de fomentar oportunidades de investimento bilateral”.  

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.