A Guarda Costeira italiana confirmou nesta segunda-feira (29) que 363 pessoas foram salvas do incêndio na balsa Norman Atlantic, de bandeira italiana, que ocorreu neste domingo (28). As equipes de resgate continuam a procurar pelos sobreviventes utilizando helicópteros, porém as más condições do tempo atrapalham as buscas.

Segundo informações, 478 pessoas estavam a bordo (422 passageiros e 56 membros da tripulação), sendo que mais de 200 eram gregas. As autoridades confirmam apenas uma morte no acidente, de um grego de 62 anos que faleceu ao tentar se salvar pulando da embarcação.

Porém, uma testemunha ocular afirmou a um jornalista italiano que viu “quatro pessoas mortas”. “Vi com meus olhos, estou seguro, eles estavam diante de mim”, disse o turista turco.

Todos os sobreviventes estão sendo levados para o porto de Bari e alguns deles estão precisando de atendimento médico em hospitais da região. Mas, nenhum deles está em estado grave.

De acordo com a Marinha Militar, 66 náufragos estão nos hospitais de Salento, 118 nas unidades hospitalares de Lecce, Tricase e Scorrano. Uma equipe de oito militares da Capitania dos Portos foi internada em um hospital de Casarano por terem inalado muita fumaça durante o resgate.

Já para Púglia, diversas crianças e mulheres foram transferidas para receber atendimento médico por causa de hipotermia (quando a temperatura do corpo fica muito baixa), mas nenhum deles corre risco de vida.

Ontem, a embarcação da companhia italiana Vismar di Navigazione começou a pegar fogo enquanto navegava pela costa albanesa, durante o trajeto entre Corfu, na Grécia, e Ancona, na Itália.

Fontes dizem que o incêndio teve início na parte inferior do navio e se espalhou rapidamente por outras partes do barco.

A Procuradoria de Bari já abriu uma investigação oficial sobre o acidente com a balsa Norman Atlantic e, de acordo com o procurador Giuseppe Volpe, serão checadas todas as possibilidades sobre o incêndio, inclusive se a ação foi criminosa. (ANSA)