Respeito ao turista
A falta de respeito com o visitante cresce com a aproximação da Expo. Alguns hotéis estão aumentando as tarifas em até 250% para o pernoite no período do evento. A denúncia foi feita pelas Federconsumatori Lombardia e Cittadinanza Attiva, baluartes locais da defesa do consumidor. Por isso, a prefeitura de Milão e mais 17 associações de consumidores assinaram um acordo, o Patto per Expo. Nele, todos se comprometem a vigiar de perto os preços do comércio, que não poderão ser mais altos do que os praticados e declarados como máximos no começo do ano.
Guerra religiosa
Uma nova lei aprovada pela região da Lombardia — leia-se Roberto Maroni, do partido da Lega — introduz muitos vínculos urbanos e normas mais severas para a abertura de novos locais de culto. Na prática, a aprovação de um projeto se torna uma corrida de obstáculos quase impossíveis de se realizar. O alvo é muito claro, segundo os críticos: frear a construção de mesquitas e igrejas evangélicas. Mas a resistência, ou melhor, a desobediência civil já entrou em campo. A prefeitura de Monza avisou que não vai respeitar a lei “anti-mesquita”, como foi apelidada. Em tempos difíceis, uma lei intolerante como esta não ajuda nenhum diálogo interreligioso e, muito menos, a integração dos imigrantes de crenças diferentes. A prefeitura de Milão ameaça, até mesmo, recorrer à Corte Constitucional.
Scala do futuro
A Piazza della Scala, diante do homônimo teatro e da prefeitura de Milão, vai ser fechada aos carros, pelo menos, parcialmente. A licitação internacional, aberta a partir de 3 de fevereiro, deverá atrair arquitetos e urbanistas de todo o mundo. O vencedor vai ser anunciado no dia 19, se tudo correr como previsto. A prefeitura e o banco Intesa Sanpaolo procuram uma ideia original e ousada que não custe mais de dois milhões de euros. A ideia de base é a valorização da vocação cultural da praça, tornando o lugar multifuncional, além de propor medidas para o tráfico de veículos, priorizando, mais do que nunca, os pedestres. Um quebra-cabeça para arquiteto nenhum botar defeito.
Compras com celular
O Politécnico de Milão, através do seu Observatório Mobile Marketing & Service, fez um retrato do usuário italiano de celular. Que este povo é apaixonado pelo aparelho, já era sabido. O dado que surge é que, tanto quanto falar, o italiano usa o celular para fazer compras. Cada assinante passa, em média, 90 minutos ao celular contra 70 diante de um PC. E boa parte deste tempo é dedicada à compra online. Pesquisa de informação sobre os produtos, busca por promoções e confronto de preços e ofertas são os passos dados pelos usuários dos smartphones. As empresas já farejaram a tendência e investem 48% em comunicação neste nicho.
Educação milanesa
Um aluno em cada dez corre o risco de abandono da escola. E os mais vulneráveis são os filhos de casais de imigrantes. A rede pública de ensino do município conta com 93.107 estudantes, sendo 59.258 no primário e 34.849 no ensino médio. Os alunos com risco de deixar a escola somam 8.096. Deste total, 8,7% estão inscritos nos cursos elementar e médio, 39,9% são crianças italianas, 40,4% são estrangeiros e 19,3% são italianos nascidos de pais imigrantes. O retorno à terra natal está entre os principais motivos do abandono. Por isso, as escolas começam a ter um guichê para reunião de pais e professores com psicólogos, cursos de italiano para pais e filhos e laboratórios teatrais.