O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli disse em depoimento à CPI da estatal na Câmara não acreditar que haja corrupção sistêmica na empresa.
“Na minha percepção, não há corrupção sistêmica na Petrobras, agora isso não quer dizer que não haja corrupção na Petrobras. É um problema individualizado e específico de alguns criminosos”, respondeu ao questionamento dos deputados.
Gabrielli afirmou que, apesar de ele ter dito que os casos de corrupção eram indetectáveis, os preços altos acendiam uma “luz amarela” para o comando da empresa. Ele argumentou, no entanto, que na maioria dos casos, os procedimentos de apuração para alta de preços apontam para motivos outros, como aquecimento de mercado.
“Na média, diria que os processos de orçamentação conseguem acompanhar o que acontece no mercado, o sistema funciona adequadamente. As exceções são caso de polícia e têm que ser tratados como caso de polícia”, disse ao repetir que não acredita ter havido um esquema sistêmico de corrupção na estatal. “Por mais graves que sejam, os números da corrupção são pequenos na Petrobras”, completou.
Interpelado por Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Gabrielli confirmou ser filiado ao PT desde a criação do partido e ser amigo de José Dirceu, “como o senhor bem sabe”, provocou. O tucano reagiu bradando por respeito. (ANSA) Fonte: Estadão Conteúdo