A votação final do testamento biológico será feita amanhã e deve proibir que aconteçam novos casos como o da italiana Eluana Englaro, que após 17 em estado vegetativo teve a alimentação e hidratação interrompidas e morreu no último mês.
Na votação de hoje, as emendas ao projeto de lei receberam 105 votos a favor e 164 contra, sendo então rejeitadas. Segundo o ministro do Bem-Estar, Maurizio Sacconi, "o governo está satisfeito com o resultado da votação".
A garantia de alimentação e hidratação a pacientes em estado vegetativo "é o coração desta medida, a razão principal dessa lei, até porque as sentenças da Justiça tinham aberto um problema onde evidentemente a regulação era insuficiente", comentou o ministro, referindo-se ao caso Eluana.
A oposição, no entanto, criticou a postura do Senado italiano em relação às "melhorias" propostas pelo Partido Democrata (PD) à lei que será votada amanhã.
"O PD tem uma posição que prevalece largamente, que é não, compartilhada por laicos e católicos, mas respeita a liberdade de consciência dos senadores que não querem votar contra", declarou Dario Franceschini, secretário do partido.
"O Povo da Liberdade (coalizão governista) e a maioria abortaram qualquer tipo de discussão", lamentou-se por sua vez Felice Belisario, líder da bancada da Itália dos Valores (IDV) no Senado.
"Queríamos o diálogo sem preconceitos. Não foi possível e a responsabilidade é toda do governo e da Justiça, que fecharam as portas a qualquer tentativa de diálogo", reiterou o parlamentar.