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Ligações esportivas

17 de março de 2015 - Por Comunità Italiana
Ligações esportivas

Ligações esportivasA presença italiana vai da simpatia da colônia pelo tricolor carioca aos treinadores que revolucionaram a prática de outras modalidades

O Rio não é como São Paulo nem Belo Horizonte, onde dois clubes fundados como Palestra Itália entraram para a história do esporte e depois passaram a se chamar Palmeiras e Cruzeiro. O clube carioca mais ligado à colônia italiana não foi fundado por ela, ao contrário do alviverde paulista e do azul estrelado de Belo Horizonte, mas certamente contribuiu em muito para que o Fluminense se tornasse uma das maiores torcidas do Rio e do Brasil.
Fundado em 1902 por membros da elite carioca, o clube de futebol mais antigo da cidade teve mais influência inglesa entre os pioneiros. Seu primeiro uniforme, por sinal, nem era tricolor, e sim cinza e branco. Em 1905, as equipes do Fluminense passaram a vestir a camisa verde, branca e grená, cores muito semelhantes às da bandeira italiana, verde, branca e vermelha, o que despertou a paixão de vários imigrantes.
— Em 2014, comemoramos 110 anos da camisa tricolor. Era muito comum ver bancas de jornais de italianos com a bandeira do Fluminense — lembra Dhaniel Cohen, historiador do clube.
O próprio Fluminense já enfrentou a Seleção da Itália. O amistoso ocorreu em Volta Redonda, em 8 de junho de 2014, na preparação para a Copa. A Azzurra venceu o tricolor carioca por 5 a 3. Além disso, vários oriundos já vestiram a camisa das Laranjeiras, mas os arquivos do Fluminense registram um italiano nato na história da sua equipe principal de futebol, embora a sua participação tenha sido muito breve. O meia Avellino Gabrielli, conhecido como Nino, fez quatro partidas pelo clube em 1951 e 1952. Ele nasceu em 17 de abril de 1921, em Verona. Na ficha do Fluminense, está grafado o nome Avelino, com um “l” apenas.
Atualmente, a equipe também conta com um italiano nato, mas na equipe sub-20. Ele até já treinou junto com o time principal algumas vezes. Mirko Di Pierro, que completa este mês 20 anos, nasceu em Milão. Está há um ano e meio nas divisões de base e tem contrato com o clube carioca até março de 2016. Até lá, deve decidir seu futuro, se fica no Brasil ou volta para o outro lado do Atlântico. O Fluminense o descobriu no Monza:
— Um dirigente do Fluminense foi até Monza, onde fica o autódromo que recebe o Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1, e acabou me trazendo para o Rio — conta Di Pierro à Comunità. No Monza, jogava na terceira divisão. Atuava pelas pontas, mas em posição mais avançada do que aqui, onde sou lateral-direito. Na Itália, jogava como meio-campo e atacante.
Encantado com Copacabana, onde fez recentemente alguns passeios, Di Mattei mora em Xerém, distrito do município de Duque de Caxias (RJ), onde o Fluminense mantém as divisões de base. Já residiu na concentração do clube lá, mas agora está em um apartamento, no mesmo distrito.
Na conversa com Comunità, deixou em aberto a volta para a Itália:
— O Fluminense é um clube muito organizado. Achei ótima a estrutura das divisões de base no Brasil. Sinto muito o calor, tenho saudades dos meus pais que ficaram em Milão. Posso ficar aqui, mas não descarto voltar ao futebol italiano ou jogar em outro país europeu no fim do meu contrato. Metade dos meus direitos pertencem ao Fluminense e metade ao Monza — afirma o jogador, que já atuou na base do Milan e no Pro Sesto, clube amador de Sesto San Giovanni.

Juventus carioca fica em Bonsucesso
Não foi fundado por imigrantes italianos, mas carrega o nome da velha senhora de Turim: o Juventus. Alvinegro como seu xará italiano, o Juventus do subúrbio de Bonsucesso nasceu em 11 de agosto de 2006, fundado por Francisco Hora, juvenil do Flamengo em 1971. Por sugestão do amigo Fabio Coiatelli, imigrante italiano, Hora chamou o clube de Juventus e lhe deu as cores preto e branco com listras verticais. A equipe se prepara para disputar, a partir de maio, a Série C do futebol estadual.
A Cidade Maravilhosa já recebeu a seleção italiana. Em 1º de julho de 1956, a Azzurra jogou no Maracanã com o Brasil, que ganhou o amistoso por 2 a 0. Em 11 de junho de 2013, disputou amistoso com o Haiti (2 a 2), em São Januário, estádio do Vasco da Gama. Balotelli recebeu uma camisa do Vasco do então presidente Roberto Dinamite. Poucos dias depois, a Itália derrotou o México por 2 a 1, no Maracanã, em sua estreia na Copa das Confederações, diante de muitos torcedores
ítalo-brasileiros.

Florentino revolucionou o polo aquático brasileiro
Mas não é só no futebol que a Itália marcou sua presença no Rio. Na década de 1950, o técnico florentino Paolo Costoli fez escola no Fluminense ao comandar uma equipe espetacular de polo aquático, esporte de muita tradição na Itália.
—Chegou ao Fluminense numa época em que tínhamos um grande time, que já ganhava antes e continuou a ganhar com ele — lembra Sylvio Kelly, presidente do Fluminense de 1981 a 1983 e jogador de polo aquático do clube nos tempos de Costoli.
Argeu Affonso, sócio histórico do tricolor, confirma que Costoli, considerado pela Federação Italiana de Natação o melhor nadador do país no período anterior à Segunda Guerra, revolucionou o esporte no Brasil:
— Antes dele, as equipes brasileiras estavam acostumadas só com as técnicas nacionais e sul-americanas. Ele modernizou os métodos de treinamento.
Recentemente, o Fluminense contou com o jogador de polo aquático, o toscano Leonardo Sottani:
— Ganhei títulos pelo Fluminense em 2004, 2006, 2009, 2011 e 2013. Neste último ano, conquistamos a Liga Nacional. Passei belíssimos momentos no Rio, cidade estupenda e que ama o esporte — conta à Comunità um entusiasmado Sottani, bronze na Olimpíada de 1996 pela Seleção Italiana de polo aquático, conhecida como Settebello. Ele vive em João Pessoa há cerca de um ano.
No país desde 1985, o napolitano Alfredo Apicella, delegado do CONI (Comitê Nacional Olímpico Italiano), introduziu o kickboxing no Brasil. Em 1987, participou pela primeira vez do Mundial de kickboxing, em Munique, na Alemanha.
— Fui o primeiro a levar o kickboxing brasileiro para fora do país — conta Apicella, com mais de 40 anos de experiência em artes marciais.
Ele colocou inclusive seu conhecimento à disposição das polícias militar e civil do Rio, ministrando técnicas de defesa pessoal.
— São técnicas baseadas nos direitos humanos e nas regras da não violência — destaca Apicella.
A CorritaliaBrasile é outra iniciativa do CONI, com 10 quilômetros de corrida e cinco de caminhada. No ano passado, contou com a participação de Stefano Baldini, campeão olímpico da maratona em Atenas (2004). Este ano, a prova será realizada no dia 16 de agosto.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.