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la gente, il posto

21 de janeiro de 2016 - Por Comunità Italiana
la gente, il posto

Claudia

ClaudiaMonteiroDeCastro1Museu do telefone
Quem inventou o telefone? Os americanos dizem que foi Graham Bell; os italianos,  que foi Antonio Meucci. Na realidade, provavelmente os dois inventaram a mesma coisa na mesma época, mas Graham Bell ficou com a fama, pois registrou o produto com uma patente, e o italiano não.  Polêmica à parte, numa cidadezinha da região de marche, San Marcello, tem um museu do telefone que mostra a sua evolução histórica, desde os primeiros aparelhos de Antonio Meucci até os mais recentes. A coleção, que conta com mais de 200 peças do mundo inteiro, foi idealizada e realizada por Giuseppe Renzini, que começou a colecionar telefones desde 1956. E o que é mais interessante: a maioria dos telefones expostos ainda funciona!!!

 

 

 

 

ClaudiaMonteiroDeCastro2

 

A arte de viver sem celular
Ontem conheci uma espécie em extinção. Nem acreditei. Um ser humano sem celular. E não tinha cem anos. Eu estava num museu de Roma, apreciando uma mostra de arte e, quando nos sentamos numa poltrona para descansar, uma menina veio fazer amizade com meus filhos. Logo depois, o pai dela se aproximou e começou a conversar conosco. Como as crianças mostraram interesse de se rever, sugeri ao pai de trocarmos telefone celular.
Ele disse: “Tudo bem. Posso dar meu número fixo. Mas não tenho celular”.
Fiquei como besta, olhando para ele; primeiro, muito surpresa; depois, com ar de admiração. É preciso coragem para ir contra a corrente. Ele tem razão. Dependendo da profissão da pessoa e do tipo de vida que leva, viver sem celular deve ser o paraíso.
Tudo me fez pensar no início da minha estadia em Roma, quando eu não tinha celular. Era uma das poucas. No Brasil, eu me virava muito bem com a secretária eletrônica em casa. Conferia, claro, as mensagens duas vezes por dia, para ver se tinha alguma emergência. Era tão bom!
Depois, mudando para a Itália, onde as pessoas têm, frequentemente, até dois celulares, acabei me rendendo. Por pressões do meu trabalho e dos amigos, e pelo fato que as pessoas costumavam cancelar encontros de trabalho ou de lazer à última hora, acabei comprando um celular. Pois Roma é assim. As pessoas gostam de marcar um encontro ou um jantar e dizer: “Ok, marcamos agora, mas depois ci aggiorniamo”. Em outras palavras, vamos nos ligar novamente pra ver se o encontro realmente está de pé, ou se apareceu coisa melhor para fazer.
Não quero dizer que o celular é o diabo. O meu é super moderno, e, para muitas profissões, como a minha, não é essencial. Acho que o apetrecho que deveria resolver nossa vida acabou muitas vezes atrapalhando. Raramente vou comer num restaurante sem que meu amigo responda a várias mensagens de celular, de Messenger, de WhatsApp e companhia, como se tivesse obrigação de responder imediatamente. Muitos não se dão conta da falta de respeito.  Pronto, desabafei.
Por isso que, quando ouvi aquele homem que conheci no museu dizer que não tinha celular, pensei! “Você é meu herói!!!

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.