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Home > O super esgrimista

O super esgrimista

18 de fevereiro de 2016 - Por Comunità Italiana
O super esgrimista

O super esgrimistaO lombardo Edoardo Mangiarotti foi o atleta que mais subiu ao pódio olímpico pela Itália até hoje

Entre os heróis olímpicos italianos, certamente não poderia faltar nesta série Edoardo Mangiarotti. Foi ele quem mais vezes subiu ao pódio para o Belpaese em todos os esportes. Em cinco olimpíadas, de 1936 a 1960, ganhou nada menos do que 13 medalhas por suas proezas na esgrima. Ainda hoje, é o quarto atleta da história das Olimpíadas com mais medalhas nos Jogos de Verão, empatado com Boris Sachlin, com 13 na ginástica artística pela antiga União Soviética.
Nascido em Renate, na província de Monza e Brianza, na Lombardia, viveu 93 anos e também foi jornalista e dirigente esportivo. A arte da esgrima já veio do berço. O pai Giuseppe Mangiarotti tinha representado a Itália na Olimpíada de 1908, em Londres. Mestre que importou técnicas da escola francesa, o pai também ensinou os fundamentos do esporte aos outros filhos Mario e Dario, este ganhador do ouro na espada por equipes, na Olimpíada de Helsinque, em 1952, quando também levou a prata na mesma arma individual. Em Londres 1948, Dario havia sido também prata na espada por equipes.
Uma das grandes vantagens de Edoardo era ser ambidestro. Empunhava a arma com as duas mãos, graças aos ensinamentos do pai, apesar de ser um destro natural. Essa particularidade permitia que ele mudasse de guarda durante o mesmo combate, confundindo o adversário.
— No começo, eu e meus irmãos praticávamos também o boxe, graças a um amigo de papai. Mamãe preparou as luvas para os três, mas eu tomava pancada tanto de Dario quanto de Mario. Essa situação fez despertar em mim o impulso da grande competitividade. Na pista de esgrima, obtive a revanche dos socos — contou certa vez.
Em 1936, Edoardo Mangiarotti, aos 17 anos, era o caçula da azzurra, que ganhou o ouro na espada por equipes juntamente com Franco Riccardi, Saverio Ragno e Giancarlo Cornaggia Medici. O técnico Nedo Nadi o levou a Berlim no lugar do irmão Dario. Foi a Olimpíada da propaganda nazista. Mangiarotti estava na tribuna do Estádio Olímpico da capital alemã, local em que os medalhistas recebiam a premiação, quando testemunhou a vitória do lendário negro americano Jesse Owens no salto em distância. O campeão italiano de esgrima viu e ouviu o ditador Adolf Hitler levantar-se indignado com o primeiro lugar do atleta dos Estados Unidos e exclamar: “Schwein (porco)”.
Na Olimpíada de 1952, em Helsinque, Finlândia, Edoardo ganhou a medalha de ouro individual por espada graças à vitória por 3-2 do irmão Dario (prata) sobre Buck, de Luxemburgo. Edoardo, que acompanhou o combate da tribuna, além de atleta, havia ido à Finlândia também como jornalista do diário La Gazzetta dello Sport. Logo depois de ter conquistado o ouro, levou bronca do então diretor do jornal, Gianni Brera, por ter chegado tarde à sala de imprensa para escrever a matéria.
“Quem ganhou?”, perguntou Brera.
“Eu”, respondeu Edoardo Mangiarotti.
“Vá embora”, disse Brera, em tom jocoso.
Os irmãos Edoardo e Dario ganharam o ouro por equipes da mesma arma naquela Olimpíada. Carola, sua filha, também competiu pela Itália na esgrima nos Jogos de 1976, em Montreal, e de 1980, em Moscou. Mangiarotti teve ainda a honra de ter sido porta-bandeira da Itália no desfile de abertura dos Jogos de 1956, em Melbourne, e em 1960, em Roma, na qual foi, além de atleta, técnico da equipe azzurra de esgrima e presidente da federação italiana desse esporte. Depois, mesmo sem competir, sempre foi aos Jogos. Nem um acidente vascular cerebral, em 2008, o impediu de ir a Pequim naquele ano. Só não pôde ir a Londres em 2012 porque morreu dois meses antes.    

Medalha por medalha
Seis ouros (espada por equipes em Berlim 1936; espada individual, espada por equipes, em Helsinque-1952; florete por equipes, espada por equipes, em Melbourne 1956; espada por equipes, em Roma 1960); cinco pratas (florete por equipes, espada por equipes, em Londres 1948; florete individual, florete por equipes, em Helsinque-1952; florete por equipes, em Roma-1960); dois bronzes (espada individual, em Londres 1948; espada individual, em Melbourne 1956). Isso sem falar nas 26 medalhas conquistadas em Mundiais de Esgrima.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.