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Velocità massima

16 de março de 2016 - Por Comunità Italiana
Velocità massima

Velocità massimaO pugliese Pietro Mennea ainda é o recordista italiano e europeu dos 200 metros rasos

Ele morreu de câncer em 2013, mas entrou para a história do esporte. Pietro Mennea, conhecido como A Flecha do Sul por ter nascido em Barletta, na Região da Puglia, inscreveu-se na galeria dos maiores velocistas de todos os tempos. O recorde mundial dos 200 metros rasos foi seu por 17 anos, além de ter conquistado medalhas olímpicas. Nasceu em 28 de junho de 1952 como terceiro dos cinco filhos de uma família de condições econômicas modestas. Salvatore, seu pai, era alfaiate; Vincenza, a mãe, dona de casa. Desde a adolescência participava de competições e curiosos desafios: apostava corrida a pé contra carros, às vezes saindo de casa à noite, escondido dos pais. Desafios que diversas vezes acabavam em troca de sopapos. Mas foi no pátio da escola que participou das primeiras provas de atletismo. Salvatore Pallammolla era o aluno que costumava ganhar todas as corridas, até o dia em que Mennea conseguiu batê-lo e percebeu: poderia dedicar-se seriamente ao esporte. Não era tão alto e musculoso (1,79 metro, 67 quilos) como tantos reis da velocidade, mas marcou época.
A Flecha do Sul disputou sua primeira Olimpíada em 1972, em Munique, na Alemanha Ocidental. Na época, o bicho-papão dos 200 metros rasos, especialidade de Mennea, era o soviético Valery Borzov, que ganhou com 20 segundos cravados. Em segundo, o americano Larry Black, com 20 segundos e 19 centésimos. Mennea foi bronze, com 20s30. A família fazia festa em frente ao aparelho de televisão em branco e preto na Itália enquanto o filho pródigo conquistava a primeira medalha olímpica. Mas ele não se contentava, queria mais. Treinava cinco ou seis horas diárias. Conhecido como tipo reservado, pouco sociável, costumava concentrar-se muito em seu trabalho.
Entre as Olimpíadas de 1972 e 1976, colecionou vitórias, mas se apresentou em condições não ideais nos Jogos de Montreal. Ficou em quarto lugar nos 200 metros em 1976. Estava acabado? Não. O próprio Mennea dizia: “Não tenham medo do fracasso. O fracasso ajuda a vencer”.

O recorde mundial veio em 1979, no México
Entre a decepção de 1976 e o ouro olímpico de 1980, bateu o recorde mundial dos 200 metros rasos, em 12 de setembro de 1979, na Universíade, em um dia quente e úmido, correndo em 19s72. Cenário: Cidade do México, onde o ar é mais rarefeito devido à altitude superior a dois mil metros, local propício para a quebra de marcas. Só em 1996, o americano Michael Johnson superaria a marca do italiano. Mennea participou da Universíade como estudante universitário de Ciências Políticas. Depois também se formaria em Direito, Letras, Ciências da Educação Motora e Esportiva.
Em 1980, os Estados Unidos lideravam o boicote à Olimpíada de Moscou por causa da invasão da então União Soviética no Afeganistão. O governo da Itália também queria aderir, mas o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) não obedeceu. A delegação azzurra foi a Moscou, mas o governo não permitiu o uso da bandeira, o hino italiano para celebrar as suas vitórias no pódio, nem o nome Itália nas competições, além de não permitir a participação de atletas militares nos Jogos, que não era o caso de Mennea. Quem representou a Azzurra foi o Coni. A prova dos 100 não foi feliz para Pietro, que nem chegou à final. Mas ele não se deixou abater. Classificado para a final dos 200 metros, não partiu bem. A largada não era o seu forte, mas teve recuperação extraordinária, ultrapassando o escocês Alan Wells no final. Mennea venceu com 20”19. Também em Moscou ganhou o bronze juntamente com Malinverni, Zuliani e Bongiorni no revezamento 4×400 metros.
O italiano voltou a correr entre 1981 e 1982, e 1984 e 1987. Disputou ainda as Olimpíadas de 1984 e 1988 sem ganhar medalha. Nesta última, em Seul, foi porta-bandeira da Itália. Após abandonar as pistas, exerceu várias atividades, entre as quais a de deputado do Parlamento Europeu de 1999 a 2004. Era casado com Manuela Olivieri, mas não tiveram filhos. Em 21 de março de 2013, aos 60 anos, o campeão acabou derrotado por seu maior adversário: o câncer no pâncreas. Mas até hoje é reverenciado como um dos maiores atletas de todos os tempos. Mesmo após sua morte, ainda é o recordista italiano e europeu dos 200 metros rasos.   

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.