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Home > A casa do futuro

A casa do futuro

19 de maio de 2016 - Por Comunità Italiana
A casa do futuro

A casa do futuroCasas dotadas de alta tecnologia e estruturas desmontáveis foram a atração principal do Salão do Móvel este ano

O Salão Internacional do Móvel de Milão apresentou ao mundo a casa dos próximos anos. Dentro dela, além das conhecidas mesas e cadeiras de sempre, cabem muita criatividade, inovação e tecnologia. A casa remota nunca esteve tão perto e acessível. Na edição deste ano, realizada entre 12 e 17 de abril, a Eurocucina entrou no lugar da Euroluce, ou seja, a exposição das cozinhas cedeu espaço àquela das luminárias. O resultado são aparelhos eletrodomésticos que consomem entre 20 e 30% menos e que superam até mesmo os altos padrões de eficiência do tipo A+++.  Isso para não falar das portas interativas de fornos, fogões e geladeiras que faltam só falar através das telas touch screen. O futuro invade todos os cômodos, com a delicadeza de preocupar-se com o meio ambiente ao redor, gastando pouca energia elétrica e usando materiais recicláveis e, porque não dizer, ideias também recicláveis.
A ordem do dia é sustentabilidade e mobilidade, acima de tudo, literalmente. Basta pensar nas casas móveis que podem ser transportadas nas costas, ou melhor, em caminhões. Casas dotadas de alta tecnologia e que fazem as pré-fabricadas tradicionais parecerem habitações do tempo das cavernas.
— Elas chegam a pré-anunciar a versão Airbnb dos terrenos com vista para paisagens deslumbrantes — anuncia a designer e arquiteta americana Jennifer Siegal, vencedora do Arcvision Prize, reconhecimento internacional para a arquitetura declinada pelo sexo feminino. Ela criou o escritório Office of Mobile Design, especializado em estruturas móveis e desmontáveis, como casas, escolas e lojas.
— Existe um preconceito geral contra os pré-fabricados. Mas a minha pesquisa me levou a trabalhar com materiais até da indústria aeronáutica, de ponta. A casa em Taliesin, no Arizona, é um protótipo com 55 metros quadrados, painéis que podem ser decompostos e uso de energia solar, além de ser completamente transportável dentro de um caminhão — conta. Este tipo de construção foi o primeiro idealizado pelo grande arquiteto americano Frank Lloyd Wright, cem anos atrás.

Rio+Design: criações de 12 designers representaram a criatividade brasileira
O Brasil marcou presença. Pelo oitavo ano consecutivo, a mostra Rio+Design ganhou um espaço para mostrar ao mundo com quantos paus se faz uma cadeira, uma estante, uma mesa. A exposição foi montada na Zona Tortona, epicentro do badalado Fuori Salone. Organizada pelo governo estadual, recebeu o patrocínio do Sebrae-RJ, Apex e Senai, além do apoio da Câmera Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro. O arsenal foi composto por mais de 30 produtos, entre lâmpadas, móveis e objetos de cozinha — criações de 12 designers brasileiros. Estão ali os sofás arrojados com vãos vazios e a inovadora estrutura metálica de Guto Índio da Costa, que se completam com uma série de puffs ou nas versões de um, dois ou três módulos. Tem ainda a poltrona Pé, do Atelier Zanini de Zanine, realizada a partir de material de demolição e tratada com cera natural e, por isso mesmo, produzida em apenas 40 peças. Já o criativo Leo Eyer, da Bold, chega com a Cafusa, uma linha de luminárias que usa diferentes materiais. Desta forma, as lâmpadas “acendem” a diversidade das raças que formam o povo brasileiro.
O exército de brasileiros é formado ainda por Tatiana Berenguer, Gustavo Martini, Diogo Dalloz, Vinicius Braga, Vanessa Robert, A.Costa Atelier, Ni Romiti, Nocca Atelier, Paula Mourão, Bolei e Marzio Fiorini. A Next-PUC-Rio se apresentou mais uma vez e, depois do voo virtual ao redor do Cristo Redentor mostrado no ano passado, foi a vez de colocar os pés na terra, ou melhor, nos pedais de uma inédita bicicleta associada a um par de óculos de realidade virtual. O sujeito pedala sem sair do lugar, enquanto a paisagem avança e gira ao seu redor de acordo com a velocidade. E em segurança total, diante da tragédia que se abateria na ciclovia no trecho da Avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro, até porque o passeio virtual na cidade vai da ponta do Arpoador até o meio de Ipanema, com trilha sonora.
— Promove, mostra a cara do Rio de Janeiro e facilita as negociações com os fabricantes e comerciantes italianos, é muito bom para os dois lados — disse à Comunità a subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Dulce Ângela Procópio.
O embaixador e cônsul do Brasil em Milão, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, ressaltou a criatividade brasileira:
— Evento-símbolo, o mundo se reúne aqui em Milão para tratar de design, é útil e extremamente necessário. O Brasil tem uma imensa criatividade, o nosso design moderno está sendo pouco a pouco conhecido no mundo… Se a gente olha as igrejas do Aleijadinho, vemos um exemplo do design do século XVIII. A arte utilitária do design enche as lojas, mas tem que ser mostrada no exterior, não somente para ser comparada, mas para competir. Temos o aumento da renda e da classe média em incremento em todo o mundo. Temos que sair das nossas fronteiras e ganhar o mundo e aqui para fazer isso é perfeito — afirmou à Comunità o diplomata, em meio à “invasão” de curiosos no espaço expositivo.
 
Redes como o Airbnb batem pela primeira vez a rede hoteleira
Não por acaso, esta edição bateu o recorde de presença, com 372.151 visitantes, sendo 67% de estrangeiros, entre eles muitos brasileiros, entre arquitetos, lojistas e estudantes. O português era uma língua falada e ouvida em todos os cantos da cidade, assim com o inglês, com ou sem sotaque, e, claro, o italiano, idioma dos anfitriões da festa, que receberam os frequentadores nas próprias casas. E se assim não fosse, haveria gente dormindo nos bancos das praças. Pela primeira vez, a rede hoteleira perdeu para os pernoites agendados através de redes como o Airbnb. Na verdade, perder é uma forma de falar, pois a taxa de ocupação dos hotéis chegou a pouco mais de 70%. Os números falam por si sós. Os italianos ganharam quase seis milhões de euros apenas com o aluguel temporário de quartos de apartamentos fechados ou vazios ou, até mesmo, ainda habitados. Em um ano, a oferta passou de oito mil para 14 mil imóveis colocados à disposição dos visitantes. A cada dez proprietários, três exploravam o “novo” mercado pela primeira vez.
Tal presença é tão importante e estratégica que o Salão, jogando na frente, antecipando a tendência à hospitalidade, convidou o Airbnb para ser parceiro da Semana do Design. Como o site é uma instituição “virtual”, criou-se uma associação, a Pro.Loca.Tur. Sabe-se que a Itália é um país de associações, quer por motivos fiscais (leia-se isenção fiscal), quer por outras razões quaisquer. O receio é que este tipo de hospedagem seja equiparado à rede hoteleira e obrigue o visitante ao pagamento da taxa de permanência na cidade, além do controle de seus dados pessoais. O hotel vizinho exige que as regras devam valer para todos que exercem a mesma atividade. A polêmica está servida.  Com a palavra, o governo. 

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.