Pelo 22º ano seguido, Itália promove evento cultural e, desta vez, Brasil recebeu programação

Neste ano, o Ministério italiano dos Bens e das Atividades Culturais e Turismo (MIBACT) fez um forte apelo em nível internacional para promover a Festa da Música como evento musical anual na Itália. Belo Horizonte (MG) foi a única cidade brasileira a ter uma programação que faz parte do encontro. O objetivo foi criar uma manifestação popular, favorecendo o relacionamento entre o cidadão e a administração. Além disso, pretendeu-se dar ênfase na promoção dos jovens músicos para que pudessem ser reconhecidos pelo público.
Associações, grupos musicais e artistas individuais participaram da programação. A edição de 2016 teve duas importantes propostas para difundir os valores do evento: ‘Mantova Capital da Cultura 2016’, pela primeira vez, no dia 18 de junho, foi sede de uma série de concertos para dar visibilidade aos artistas emergentes; e, no dia 21 de junho, todas as cidades participantes convidaram para as ruas protagonistas da música e cidadãos com o propósito de criar um evento espontâneo.
— Este ano, a Festa da Música entrou completamente no contexto mais amplo europeu, graças às quase 300 cidades que aderiram e aos mais de oito mil artistas que se exibiram nas ruas, estradas e ambientes da cidade. O Ministério decidiu investir neste evento em todo o país e no exterior para melhorar a oferta turística e cultural de nossas cidades, que são o cenário para nossos talentos criativos — afirmou o ministro italiano das Artes e das Atividades Culturais e Turismo, Dario Franceschini, em nota oficial.
O Consulado da Itália em Belo Horizonte, por sua vez, em colaboração com o Museu do Clube da Esquina, e sob o auspício do Ministério do Patrimônio Cultural e do Turismo italiano, por ocasião das celebrações da Festa da Música, apresentou o show musical ‘O Clube da Esquina Encontra a Itália’, realizado no Museu do Clube da Esquina, dia 21 de junho.
Depois de um primeiro medley de canções brasileiras, realizado por Telo Borges, estrela do Clube, atuou a cantora ítalo-brasileira Melissa Freire, acompanhada pelo pianista Clóvis Aguiar, executando músicas de autores e artistas italianos ligados ao Brasil, como Sergio Bardotti, Sergio Endrigo, Ivano Fossati, Fiorella Mannoia e Bruno Lauzi. O evento também fez parte das comemorações do Ano da Itália na América Latina.
Juliano Gentile, curador de música popular do Centro Cultural São Paulo, comentou a importância de um evento como esse para a cena cultural:
— Temos muito clichê quando se fala em música italiana, e um evento musical amplia um pouco a visão do público, que ainda é estereotipada. A ideia é procurar quebrar essa imagem, promovendo a música contemporânea do país — afirma.
Gentile ainda lembra como a música italiana influenciou a brasileira.
— Com certeza, foi fundamental para a formação cultural brasileira. O compositor de ópera Carlos Gomes, por exemplo, estudou na Itália, assim como vários outros que deixaram influências. O que o Brasil tem de mais próximo com a Itália, certamente, é a canção; os dois países valorizam muito a voz — analisa.

Kataklò no Brasil
A Companhia Italiana de Physical Theatre, Kataklò, pela quinta vez ao Brasil, se apresenta com o espetáculo ‘PLAY’.

23 e 24 de julho
Belo Horizonte – Palácio das Artes

25 e 26 de julho
Rio de Janeiro – Palácio Oi Casa Grande

27 e 28 de julho
São Paulo – Teatro Sérgio Cardoso

Eventos musicais de verão na Itália
Locus Festival
Roma
De 15 julho a 27 de agosto

Kraftwerk 3-D
Verona (Arena)
25 de julho

Siren Festival 2016
Vasto
De 21 a 24 de julho

Ypsigrock Festival 2016
Sicília
De 4 a 7 de agosto

Mojotic Festival 2016
Gênova
De 4 de julho a 1º de setembro