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Adeus ao picadeiro

21 de outubro de 2016 - Por Comunità Italiana
Adeus ao picadeiro

Adeus ao picadeiroO ator ítalo-brasileiro Domingos Montanger, cuja morte emocionou o país, tinha como referências artistas como Leris Colombaioni e Ruggero Leoncavallo, além de ser fã do teatro bufo italiano

Respeitado pela classe artística e adorado pelos fãs, o ator Domingos Montanger vivia o melhor momento de sua carreira na televisão quando perdeu sua vida naquilo que seria apenas um rápido mergulho no rio São Francisco, em uma tragédia que tomou de surpresa todo o Brasil. O acidente aconteceu no intervalo de gravações da novela Velho Chico, da TV Globo.
Montagner era o protagonista de Velho Chico na pele do personagem Santo. Em uma trágica coincidência, daquelas onde a vida imita a arte, seu personagem passou por uma situação parecida ao quase morrer afogado no mesmo rio que lhe tirou a vida. Na cena exibida no dia 1º de agosto, Santo é baleado em uma emboscada e cai ferido no rio. Nas águas, ele se debate, volta à superfície e some, levado pela correnteza. Dado como morto por muitos, é encontrado dias depois, vivo, e ressuscitado em um ritual mágico realizado por uma tribo indígena.
Ele nasceu no do bairro de Tatuapé, em São Paulo, em 26 de fevereiro de 1962, e, assim como muitos paulistanos, era descendente de italianos. De perfil carismático e com extensa carreira no circo, teatro e televisão, se mostrou um artista versátil ao longo de sua rica carreira. Iniciou sua carreira no Circo Escola Picadeiro em 1989, onde conheceu Fernando Sampaio, com quem passou a fazer várias apresentações de rua como palhaço.

“Pessoa simples
e ótimo amigo”
Roger Avanzi, o palhaço Picolino, a quem Montagner considerava um de seus mestres no Circo Escola Picadeiro, conversou com Comunità:
— Montagner era uma pessoa simples, humana, um ótimo amigo. No início da carreira, era dedicado, disciplinado e muito empenhado em aprender. O melhor aluno a quem eu tive o prazer de ensinar a arte de ser palhaço. Domingos exercia sua profissão com muito amor, conseguindo a perfeição em tudo que fazia — contou Avanzi, também descendente de italianos, cujo avô veio para o Brasil em uma companhia de ópera.
No teatro, participou do curso de interpretação de Myriam Muniz e, com seu companheiro Fernando Sampaio, fundou o Grupo La Mínima, espetáculo baseado no humor e nas acrobacias. Em 2008, a dupla de palhaços foi homenageada com o Prêmio Shell de Melhor Ator para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, pelo espetáculo A Noite dos Palhaços Mudos.
Em 2004, junto com amigos e sob forte influência do circo tradicional e de outras linguagens cênicas, fundou o Circo Zanni, do qual foi diretor artístico. Participou de Festivais de Circo no Brasil e no exterior, ganhou Prêmios de Estímulo e Fomento à Cultura e patrocínios por meio da Lei Rouanet de incentivo à cultura.
Na televisão, sua carreira foi breve, mas intensa. Atuou em 13 programas, entre séries e novelas, além de nove filmes. Seu primeiro papel foi no seriado Mothern, em 2006, do canal por assinatura GNT. Sua estreia em novelas se deu na pele do Capitão Herculano Araújo, em Cordel Encantado, em 2011. O papel projetou Montagner para o país, transformando-o em uma celebridade. Já no ano seguinte, faria sua estreia no cinema, no longa Gonzaga – de Pai Pra Filho, de Breno Silveira.
Considerado galã, tinha como ídolos os atores italianos Vittorio Gassman e Marcello Mastroianni, e o palhaço italiano Leris Colombaioni, de quem sofria forte influência. Ele planejava começar em outubro os ensaios de uma adaptação da ópera Pagliacci, do italiano Ruggero Leoncavallo, que marcaria seu reencontro com as raízes circenses e com sua paixão confessa: o teatro bufo italiano.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.