Itália se prepara para receber turistas na temporada da primavera e do verão, a partir de abril. Consultores recomendam os meses de junho e setembro
Em 2017, o turismo internacional cresceu 7%, o maior resultado em sete anos, de acordo com a UNWTO World Tourism Organization Barometer, das Nações Unidas. Segundo o estudo, a previsão é de que esse cenário favorável permaneça em 2018, com crescimento de 5%.
Na comparação com 2016, todas as regiões analisadas apresentaram acréscimo da chegada de turistas: Europa de 8%; Ásia e região do Pacífico de 6%; África com 8% de incremento; Oriente Médio com 5% e Américas com 3%.
A recuperação de economias emergentes, depois de anos de retração, como Brasil e Rússia, foi um dos fatores que estimularam as viagens e deve permanecer influenciando o turismo.
— As viagens internacionais continuam em forte crescimento, consolidando o setor de turismo como fundamental para o desenvolvimento econômico. Considerado o terceiro setor de exportação no mundo, o turismo é essencial para a criação de empregos. Precisamos trabalhar juntos para beneficiar as comunidades internacionais e assegurar os objetivos do crescimento sustentável — disse o secretário-geral da UNWTO, Zurab Pololikashvili, em nota para imprensa, divulgada no último mês de janeiro.
A Itália, por sua vez, como um dos principais destinos na Europa Mediterrânea, fechou o primeiro semestre de 2017 com 161,8 milhões de pernoites, ou seja, 11,8% a mais em relação ao mesmo período de 2016. Mais de 53 milhões de turistas visitaram o território italiano nesse período. Agora, o país prepara-se para receber turistas, principalmente durante a primavera e o verão, de abril a setembro. Anualmente, segundo dados do Istat, as regiões mais visitadas são o Vêneto (região de Veneza), o Trentino-Alto Ádige, a Lombardia, o Lácio (cuja capital é Roma) e a Toscana. Porém, existem passeios marítimos e culturais por toda a bota.
A consultora de viagens da Abreu Tur, Camilla Novaes, diz que uma sugestão de rota para os viajantes que desejam visitar o mar, durante o verão italiano, é a região da Puglia.
— Localizada no sul, conta com cidades e vilarejos charmosos, assim como praias paradisíacas. Bari é a capital da região, porta de entrada para iniciar um belo roteiro.
É possível chegar por voos diretos de Roma, com uma hora de viagem.
— Para quem desejar alugar um carro, uma sugestão é fazer em 12 dias: uma noite em Bari, uma noite em Matera, três noites em Monopoli, três noites em Otranto, duas noites em Gallipoli e duas noites em Termoli — recomenda.
Vale lembrar que, a partir de janeiro de 2018, a carteira nacional de habilitação passa a ser reconhecida na Itália, mas apenas para os residentes no país. Os turistas que desejam dirigir em território italiano precisam fazer uma tradução juramentada da CNH ou solicitar uma Permissão Internacional para Dirigir (PID), pelo site do Detran.
Ainda segundo a consultora de viagens, a melhor época para aproveitar as praias são os meses de junho e setembro.
— O destino é muito frequentado por italianos, por isso, não é recomendado nos meses de julho e agosto.
Outro ponto a ser considerado pelo viajante são as altas temperaturas. O verão europeu pode chegar aos 40°C.
— Turistas devem ir preparados, com roupas leves, protetor solar e disposição para suportar o calor. As instalações europeias dificilmente têm estrutura para o verão, muitas não têm ar condicionado. Na maioria dos hotéis, isso gera reclamação — finaliza a consultora.
— Visitamos Verona, Veneza, Siena, Florença e Roma, e não tivemos imprevistos. Nós gostamos muito das partes culturais dessas cidades. Mas, para fazer turismo na Itália, mesmo com o calor, é preciso tomar muito sorvete, vinho branco e espumante gelado — aconselha.
Impacto do setor turístico na Itália
Economia (viagem e turismo): 167,5 bilhões de euros
Impacto sobre o PIB: 10,2%
Emprego turístico: 2,6 milhões de unidades
Incidência em toda a ocupação nacional: 11,6%
Total de serviços hoteleiros 33.199
Total de serviços extra-hoteleiros 134.519
Presenças por tipo de locais de interesse turístico em 2015
Cidade de interesse histórico e artístico, 38,3%
Locais nas montanhas, 13,0%
Locais de lago, 13,8%
Locais marinhos, 26%
Spas, 3,4%
Lugares montanhosos e variados, 5,5%
Fontes: WTTC – Travel & Tourism Economic Impact e Istat