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Home > ‘Analogias’ – Individual de fotografias de Salvino Campos

‘Analogias’ – Individual de fotografias de Salvino Campos

24 de agosto de 2007 - Por Comunità Italiana

Diante das lentes do fotógrafo Salvino Campos Rio de Janeiro, Nápoles e Havana se miram num espelho. Para mostrar os traços comuns entre as cidades brasileira, italiana e cubana, o   artista mineiro radicado na Itália voltou sua câmera para hábitos, costumes e habitantes, focalizados através de seus respectivos cotidianos como será possível apreciar na exposição Analogias, que Salvino Campos inaugura dia 25 de agosto, às 17h, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, RJ. Sempre explorando as imagens em preto e branco, Salvino Campos apresenta o total de 20 fotografias que formam trípticos e dípticos, com ampliação em grandes formatos (7 medem de 1,20m x 1,00m; 13 medem 1,20m x 1,20m). Cabe ao público passear por registros tão inspiradores entre as três cidades que, pela primeira vez, encontram suas fronteiras.

 

“A série Analogias surgiu em 2001, quando fiz uma individual em Roma. Naquele momento recebi o convite para desenvolver uma série que comparasse Brasil e Itália e, mais adiante, acrescentei aspectos que registrei em Cuba. Coloquei um filtro para decidir por Rio, Nápoles e Havana”, situa Salvino Campos.  A exposição fica em cartaz até 28 de outubro, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Em novembro, integrará a Bienal de Arquitetura, em São Paulo. A exposição Analogias é uma realização do Instituto Italiano de Cultura, da Administração Municipal de Nápoles e do Ministério da Cultura (MinC).

 

Analogias rompe jejum de 11 anos desde a última exposição de Salvino Campos no Rio de Janeiro. Aos 36 anos, o artista alia as viagens constantes ao prazer de fotografar. Nascido numa família humilde na pequena cidade de Quartel Geral, em Minas Gerais, Salvino Campos começou a fotografar quando se mudou para Porto Alegre, lugar de sua primeira exposição profissional. Daí partiu para Brasília e mais adiante carimbou o passaporte para Nova York, ingressando no International Center of Photography (ICP), contratado como assistente de diversos fotógrafos de moda. “A experiência de trabalhar com moda me ajudou a absorver outras formas de entender a luz na imagem, bem como os grandes formatos, comuns à publicidade. Levei esse aprendizado para dois ambientes, realizando retratos de pessoas e as séries desenvolvidas em cidades do mundo inteiro. Esse formato mais documental é o que diferencia minha linguagem”, destaca, perfilando as duas diretrizes de seu trabalho.

 

Nova York não fixou Salvino que, em 1998, mudou-se para Nápoles, adotando a cidade italiana como divisor de águas em sua carreira. “Nápoles e Rio de Janeiro são muito parecidos, seja pelas mazelas como violência, seja pela extrema beleza”, compara. Segundo ele, “o nível de desemprego atinge os 17% e é possível sentir na pele a xenofobia proveniente, sobretudo, da classe média”. Salvino diz que, ao contrário do Brasil, na Itália a Região Sul, Nápoles incluída, concentra extrema pobreza. Ainda assim, ele reconhece que a projeção profissional que alcançou em menos de uma década ao se transferir para a Itália seria impensável se vivesse no Brasil. “Vivo exclusivamente da e para a fotografia. Há sete anos me inseri no mercado europeu, além de ter clientes nos Estados Unidos”, afirma.

Viagens e Imagens

 

Nas imagens flagradas e confrontadas por Salvino Campos sobram pontos-de-contato. Como reconhece no texto de abertura do catálogo Rubens Piovano, diretor do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro: “Cabe a Salvino Campos fazer o papel de ponte entre as margens do Atlântico, com uma pequena e preciosa mostra que une em trípticos temáticos imagens de Nápoles, Havana e Rio de Janeiro. (…) Salvino Campos nos transmite a sua solidariedade pessoal com as pessoas retratadas, com as quais sentimos, imediatamente, uma cúmplice intimidade (…)”.

 

Outro ângulo de análise é oferecido pelo texto de Luiz Guilherme Vergara, diretor geral do MAC de Niterói. “Salvino faz parte desta linhagem de fotógrafos que caminham como leitores pelas entrelinhas das escritas urbanas, o caos e as outras ordens de intertextos dos submundos ou mundos paralelos invisíveis para os apressados transeuntes dentro dos grandes centros de globalização. (…) Mas enquanto a luz da vida é capturada pela “foto-grafia”, o desejo e aspiração pela arte nascem justamente da sua separação da vida”.

 

Hoje Salvino Campos mantém uma casa em Quartel Geral, MG, para onde sempre volta para rever a família. No Rio, também tem um apartamento com vista para a praia de Copacabana, no Posto Seis, onde se baseia sempre que está na cidade. Entre idas e vindas, ele espera poder lançar no Brasil o livro “Brasil de carne e osso”, resultado de viagens feitas durante quatro anos por todo o país, publicado na Itália pela editora Gelli em 2005. O fotógrafo aproveita a permanência no Brasil para continuar trabalhando. No momento, atende ao projeto da Universidade de Roma para reunir em imagens a arquitetura de Oscar Niemeyer sob a ótica social. Depois de expor no Rio e em São Paulo, o artista continua mundo afora uma nova série, agora sob a globalização para uma futura mostra.

 

 

Serviço:

 

“Analogias” – Individual com fotografias em grandes formatos, expostas em trípticos e dípticos, de autoria de Salvino Campos. Inauguração dia 25 de agosto, às 17h. Encerramento: 28 de outubro de 2007. Local: MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niterói / Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/nº. Niterói / Tel.: 21 2620-2400 / Horário de funcionamento: 3ª a dom. das 10h às 18h. Ingressos: R$ 4,00 (exceto às quartas-feiras quando a entrada é franca).

 

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.