Comunità Italiana

Após transplante de coração, italiano morre

 

A morte de um senhor de 60 anos, após um transplante de coração há mais de um ano voltou a ser assunto nesta quarta-feira (27) na Itália.

O  falecimento do idoso voltou a ser notícia, após jornais locais publicarem que a Procuradoria de Roma abriu uma investigação para avaliar se o órgão usado no transplante, segundo a Ansa.

A família do idoso acusa a equipe médica do hospital San Camillo de utilizar um coração que já tinha problemas clínicos.

O órgão utilizado no transplante era de um homem de 50 anos que morreu de um ataque cardíaco, de acordo com a família do transplantado.

Dois dias depois após o transplante o idoso faleceu em Roma.

De acordo com a Ansa, a Procuradoria abriu o inquérito por homicídio culposo, após a autópsia ter confirmado a falha de coração.

O diretor do Centro Nacional de Transplantes (CNT), Alessandro Nani Costa, afirmou que o “coração transplantado no homem que faleceu após o procedimento estava normal”, depois de ter sido noticiada a abertura do inquérito.

“O doador havia sofrido um ataque cardíaco em uma piscina, mas sucessivamente, ele voltou a bater normalmente”, informou Costa.

O médico destacou que a causa da morte do idoso foram danos cerebrais.

Francesco Musumeci, diretor de cirurgias do hospital disse que o coração transplantado estava “em condições perfeitas, são e com todos os parâmetros para poder ser transplantado”.

Musumeci ainda afirmou que as acusações dos familiares de que o órgão estaria doente são falsas.

A Ministra da saúde da Itália, de acordo com a Ansa, afirmou que a acusação é “gravíssima e inaceitável” e que “todos os procedimentos de verificação” serão efetuados.

“É uma notícia gravíssima e singular para um sistema de transplantes como o italiano, que está entre os melhores do mundo. Ativaremos nossas verificações para entender o que aconteceu e me parece que ocorreu um erro trágico e inaceitável. Buscaremos entender se e onde houve falha e onde precisaremos intervir”, disse à “Radio Capital”.