Comunità Italiana

‘Aquarius pode ir a onde quiser, não à Itália, diz Salvini

epa06947856 A handout photo made available by SOS Mediterranee on 13 August 2018 shows migrants being rescued by the NGO's rescue ship 'Aquarius' in the Mediterranean, 10 August 2018. The rescue vessel Aquarius carries 141 migrants saves from distress and seeks once more a port to dock. In June, the Aquarius was denied entry to Italy and Malta. EPA/Guglielmo Mangiapane/SOS MEDITERRANEE / HANDOUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

 

Embarcação de ajuda humanitária está à deriva há quatro dias

(ANSA) – O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, escreveu nesta segunda-feira (13) que o navio Aquarius, operado pelas ONGs SOS Mediterranee e Médicos Sem Fronteiras, que resgata imigrantes que tentam cruzar o Mar Mediterrâneo, “pode ir a onde quiser, não à Itália”. A embarcação está à deriva em águas maltesas há quatro dias e tem 141 pessoas a bordo, entre elas 67 menores de idade desacompanhados.

“Navio Aquarius com mais de 141 imigrantes a bordo: propriedade alemã, alugado por uma ONG francesa, tripulação estrangeira, em águas maltesas, com bandeira de Gibraltar. Pode ir a onde quiser, não à Itália! Basta aos traficantes de seres humanos e cúmplices”, escreveu Salvini, em seu perfil no Twitter.

“A ONG Aquarius agiu em coordenação com a Guarda Costeira Líbia em área de sua responsabilidade. A embarcação está agora em águas maltesas e tem bandeira de Gibraltar [território britânico]. A este ponto, o Reino Unido deve assumir sua responsabilidade pela garantia de segurança dos náufragos”, escreveu, por sua vez, o ministro dos Transportes e Infraestruturas italiano, Danilo Tonielli em sua conta no Twitter.

Já o prefeito de Nápoles, Luigi de Magistris, dispôs-se a receber a embarcação. “Convido a Aquarius a atracar em nosso porto porque, se isso não acontecer, teremos que buscá-los no mar, como se deve fazer com pessoas que estão sob risco de morrerem porque alguns querem se mostrar fortes perante os fracos, somente por oportunismo político” escreveu o líder, também pelo Twitter, em resposta aos tuítes de Salvini e Tonielli. Os ocupantes da embarcação são, em sua maioria, de Somália e Eritreia e foram resgatados na última sexta-feira (10). A ONG francesa SOS Mediterranee e os Médicos sem Fronteiras, já tiveram negados pedidos para atracar em Itália, Espanha e Malta.

Pelo Twitter, os Médicos Sem Fronteiras escreveram que “apesar de as condições médicas dos ocupantes serem estáveis, muitos deles estão com quadros de desnutrição”.