Roma e Palermo registraram atrasos para abrir votação; Ao todo, foram convocados 46,6 milhões de eleitores italianos para a Câmara dos Deputados
DA ANSA
O Ministério do Interior da Itália informou que o nível de comparecimento às urnas era de 58% dos eleitores por volta das 19h locais, faltando quatro horas para o fechamento dos centros de votação. Ao meio-dia, a afluência era de 19,92%.
As seções eleitorais de todas as cidades da Itália foram abertas às 7h (horário local) deste domingo (4) para que cerca de 50 milhões de cidadãos possam votar nas eleições legislativas do país, que formarão um novo Parlamento e governo.
Ao todo, foram convocados 46,6 milhões de eleitores italianos para a Câmara dos Deputados (sendo 22 milhões de homens e 24 milhões de mulheres), e 42,8 milhões para o Senado (20 milhões de homens e 22 milhões de mulheres).
Serão eleitos 618 deputados, 309 senadores e 18 deputados estrangeiros. As urnas vão ser encerradas às 23h (horário local). Logo em seguida, os votos começarão a ser apurados.
No início do pleito já foram registrados protestos por parte de alguns cidadãos de Palermo após ficarem mais de 2h30 esperando a abertura de algumas mesas de votação, que estavam atrasadas para a distribuição de novas cédulas – pouco menos de 200 mil – que precisaram ser reimpressas ontem devido a um erro.
Em Roma, alguns cartões também apresentaram nomes de candidatos à Câmara e ao Senado errados na seção 2167, da via Micheli 29, o que ocasionou diversas filas e frustrações entre os italianos.
“No dia mais importante de uma democracia, a das eleições, há atrasos e erros inaceitáveis, o que espero não desencorajar a participação dos cidadãos”, comentou o presidente do Senado italiano, Pietro Grasso.
De acordo com o Ministério do Interior, as eleições legislativas registraram uma afluência de 19,43% até às 12h (horário local). O dado não inclui informações de Roma e Palermo, cidades que atrasaram o início da votação devido à impressão errada de cédulas.
Das 7h até 12h, a afluência em Val d’Aosta foi de 21,24%; Piemonte 20,44%; Lombardia 20,92%; Trentino Alto Ádige 20,78%; Friuli Venezia Giulia 22,56%; Vêneto 22,24%; Ligúria 21,78%; Emilia Romagna 22,72%; Toscana 21,17%.
Já na região de Marcas, a afluência atingiu 19,81 %, enquanto que na Úmbria 20,55%; Lazio 17,9%; Abruzos 19,38%; Molise 17,88%; Campânia 19,38%; Puglia 17,96% ; Calábria 15,11%; Basilicata 16,27%; Sicília 14,27%; Sardenha 18,34%.
Nas eleições legislativas de 2013, no mesmo período, a afluência havia sido de 14,94% – mas a votação foi dividida em dois dias, diferentemente deste domingo.
O presidente da República, Sergio Mattarella, registrou seu voto pouco depois das 8h30, na seção 535, da escola Giovanni XXIII, no bairro Libertà, em Palermo. Após a votação, o chefe de Estado da Itália saiu da sala esquecendo de retirar o documento de identidade, que foi entregue à sua segurança.
O primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, por sua vez, votou em Roma, na via Daniele Manin, aproximadamente às 10h da manhã. Já o secretário do Partido Democrático, o candidato Matteo Renzi, computou seu voto em Florença, acompanhado de sua esposa.
ELEIÇÕES REGIONAIS
Neste domingo (4), as regiões de Lazio e da Lombardia, que estão entre as mais ricas da Itália, também decidem suas eleições locais. A afluência até às 12h, na Lombardia foi de 19,92%, enquanto que na última eleição, o número atingira 16,18%.
No Lazio, por sua vez, 17,33% dos cidadãos já foram às urnas, um aumento de mais de 4% em relação ao último pleito, quando a região registrou 12,87% de afluência até o meio-dia.
EXTERIOR
As cédulas dos eleitores do exterior já estão na Itália, confirmou o Ministério das Relações Exteriores do país, que encaminhará os votos ao Tribunal de Recurso de Roma para a contagem dos cartões.
VOTAÇÃO SUSPENSA
Pelo menos duas cidades italianas da região do Piemonte, na província de Alessandria, suspenderem temporariamente a votação em suas seções eleitorais devido ao recebimento de cédulas erradas, destinadas a outro distrito.
O senador Federico Fornaro, candidato da aliança de esquerda Livres e Iguai (LeU), disse à ANSA que os cartões recebidos em Rivolta Bormida e Castelnuovo Bormida eram do colégio eleitoral de Asti e não de Alessandria. Após a troca dos cartões, a votação foi retomada.