A organização dos atos foi feita pela Coordenadoria do Movimento pela Liberdade de Vacinação (Comilva) que conta com a participação e incentivo de Dario Miedico, médico expulso da ordem de Milão, após ter assinado o manifesto contra a vacinação pediátrica em massa. Em Turim, quem participou afirmava que a medida não tinha fundamentos científicos e era “anacrônica e desrespeitosa”. Em um dos cartazes estava escrito: “Com a saúde não se brinca, liberdade de escolha e segurança”.
O presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS), Walter Ricciardi, lamentou o ocorrido, “Acredito que sejam manifestações absolutamente legítimas, mas profundamente equivocadas”. Na última quinta-feira (1°), Beatrice Lorenzin, ministra da saúde da Itália e autora do projeto pró-vacinas, foi alvo em panfletos de um grupo da extrema direita. Agora, no dia 11 de junho, haverá uma nova manifestação de caráter nacional em Roma.
Essa é uma realidade não só na Itália, como em outros países da Europa, onde o número de vacinação vem diminuindo cada vez mais no decorrer dos anos. Recentemente a Itália registrou um surto de Sarampo, em algumas regiões do país, no inicio de 2017.
Surto de sarampo
Do início do ano para cá, já foram registrados 2719 casos da doença. No dia 30 de abril a soma era de 1929, já do primeiro dia de janeiro de 2017 a 28 de maio, todas as regiões da Itália haviam apontado casos da patologia, sete com 91%, são elas: Lazio, Toscana, Abruzzo, Vêneto, Sicília, Piemonte e Lombardia.
A ministra da saúde da Itália voltou a ressaltar a importância do projeto, criado por ela para retornar a obrigatoriedade da vacinação em crianças, o projeto de lei que vem sofrendo rejeição desde sua apresentação, conta com o apoio de várias instituições especializadas no assunto, como a OMS.