Nesta quinta-feira (9), a Câmara dos Deputados da Itália aprovou um projeto de emenda à Constituição que reduz o número de parlamentares em 36%.
A quantidade de deputados, segundo o texto, passaria de 630 a 400, enquanto a de senadores cairia de 315 a 200. A medida teve os votos dos dois partidos da base aliada, Liga e Movimento 5 Estrelas (M5S), além da oposição de direita (Força Itália e Irmãos da Itália).
Já as legendas de centro e esquerda, que em 2016 apoiaram um referendo para tirar poder do Senado, votaram contra.
“O Parlamento realiza uma etapa histórica, ao aprovar a mais consistente redução do número de deputados e senadores já apresentada”, comemorou o ministro das Relações com o Parlamento, Riccardo Fraccaro, do M5S.
O projeto já havia sido aprovado em primeira leitura pelo Senado, em fevereiro, e agora precisará passar por uma segunda votação nos dois ramos do Parlamento. Nessa fase, no entanto, é possível somente aprovar ou rejeitar o texto, sem modificações.
A medida também reduz o número de parlamentares eleitos no exterior de 18 (12 deputados e seis senadores) para 12 (oito deputados e quatro senadores).
O governo prevê unificar o colégio eleitoral da América do Norte e Central (dois deputados e um senador) com o da África, Ásia e Oceania (um deputado e um senador), mas isso não é suficiente para se chegar ao novo número de parlamentares eleitos no exterior.
Por isso, é provável que também haja cortes nas circunscrições da Europa (cinco deputados e dois senadores) e da América do Sul (quatro deputados e dois senadores). Atualmente, dois brasileiros ocupam assentos na Câmara: o governista Luis Roberto Lorenzato e o opositor Fausto Longo.