Os jogadores de futebol do Campeonato Italiano deveriam sentar em campo para protestar se ouvirem cantos racistas durante uma partida, defendeu na segunda-feira (14) o técnico Fabio Capello, ex-Milan, Juventus e Real Madrid
O futebol italiano luta para barrar o comportamento racista de torcedores, e o problema voltou à tona no dia seguinte ao Natal, quando o zagueiro senegalês Kalidou Koulibaly, do Napoli, foi alvo de insultos na partida contra a Inter de Milão, em San Siro.
O técnico do Napoli, Carlo Ancelotti, disse que o time irá se retirar de campo se os insultos voltassem a ocorrer, provocando um debate sobre se os clubes deveriam fazer justiça com as próprias mãos.
A Inter foi obrigada a jogar duas partidas sem torcida em casa, mas Koulibaly também foi suspenso por dois jogos, depois de ter sido expulso por discordar com o árbitro no fim da partida.
Críticos acusaram a Serie A de punir as vítimas tanto quanto os culpados
Para Ancelotti, a impaciência de Koulibaly foi resultado do tratamento que o jogador recebeu da torcida.
“Os jogadores deveriam sentar em campo, e eles não deveriam ser punidos por fazer isso”, disse Capello em entrevista a rádio pública RAI.
“Isso ajudaria os torcedores que se comportam e querem assistir ao futebol, e forçaria os culpados por esses barulhos de animais a parar e se envergonhar do que estão fazendo.”
(Reuters)