Egito Antigo no CCBB RJ: exposição traz 140 obras de arte do Museu Egípcio de Turim, na Itália, para celebrar os 30 anos do centro cultural no Rio de Janeiro
Peças de 4.000 a.C. em caixas de acrílico protegidas por condições de temperatura e umidade bem controladas. Tumbas, sarcófagos e uma múmia de verdade, além de fragmentos de estátuas, esfinge, ossos, miniaturas em bronze, esculturas, pinturas, amuletos, objetos cotidianos, um Livro dos Mortos em papiro, peças litúrgicas e outros registros de uma rica civilização que se desenvolveu por mais de três milênios ao longo do curso inferior do Rio Nilo (Norte da África).
A mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade” começou no último sábado (12) no CCBB e celebra com pompa o aniversário de 30 anos do centro cultural no Rio.
São 140 obras vindas do Museu Egípcio de Turim (Museo Egizio) , na Itália, que, depois do Museu do Cairo, reúne a segunda maior coleção egiptológica do mundo. Entre as peças, uma estátua imensa de Sekhmet, a Deusa da Guerra, com cabeça de leoa, cuja representação em granito tem dois metros de altura e pesa 500 quilos.
— Um dos destaques é uma múmia que data de 700 a.C. O corpo é de uma senhora que pertencia à 25ª dinastia, da Núbia, área que corresponde ao atual Sudão. Essa era a forma como essa civilização acreditava proteger o espírito contra os perigos da passagem da vida para a morte — diz o curador Pieter Tjabbes.
Além das peças originais, há a réplica de uma escavação e uma pirâmide cenográfica de seis metros montada na rotunda, onde dá para fazer selfies. Também é possível escrever o nome em hieróglifos.
Ocupando sete salas do primeiro andar, a mostra está dividida em três fases: cotidiano, religiosidade e eternidade. À medida que a visitação avança, as obras vão ficando maiores e mais pesadas, até chegar na etapa que trata da morte, onde estão sarcófagos, tumbas e uma múmia.
— Os egípcios não eram aficionados na morte, como muitas pessoas pensam. Eles queriam levar o que há de melhor na vida para a eternidade — ressalta o egiptólogo Paolo Marini, do Museo Egizio de Turim, responsável pela seleção dos trabalhos que vieram para o Brasil.
A mostra fica no Rio até 27 de janeiro e depois segue para São Paulo.
Serviço
Local: CCBB Rio – Rua Primeiro de Março 66, Centro –
Contato: 3808-2020.
Funcionamento: Qua a seg, das 9h às 21h.
Entrada: Grátis.
Público: Livre.
(com dados do O Globo)