Comunità Italiana

Chanceler critica projeto de nova lei eleitoral italiana

A nova lei eleitoral italiana foi aprovada nesta segunda feira (5), pela Comissão de Assuntos Constituintes e foi apresentada hoje no plenário da Câmara. O projeto nasceu através de um acordo entre PD, M5S (Movimento 5 Estrelas) e Força Itália. O texto teve o apoio do partido Liga Norte, de extrema-direita e, de acordo com o relator Emanuele Fiano, recebeu alterações propostas por partidos menores. A nova lei eleitoral tem o ‘modelo alemão nas eleições’ como base, com pequenas distinções para adequá-la à Constituição da Itália. 

Porém o projeto não é aprovado por todos, o Ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, afirmou nesta terça feira (6) que o projeto aprovado pela Comissão da Câmara é “inconstitucional” e ainda disse que irá provar através de uma medida que apresenta a “questão de prejudicial de inconstitucionalidade do novo projeto”.

Alfano, líder da Alternativa Popula (AP), que faz parte da base do Partido Democrático (PD), disse que a AP entrará com um pedido que deve atrasar a votação entre 90 e 120 dias. “Se o PD rejeitar essa nossa proposta terá confessado que quer antecipar as eleições. Inútil girar nisso”, ironizou Alfano. Porém, não tem se conseguido um acordo entre Alfano e o secretário-geral da sigla PD, Matteo Renzi, desde que começaram as negociações, principalmente, em relação aos 5% da cláusula de barreira.

Os debates sobre o projeto se iniciaram nesta terça feira (6) e a votação final deve ser realizada na primeira quinzena de julho.