O Senado italiano voltou a debater sobre o projeto de lei que muda as regras para concessão de cidadania, além de introduzir o princípio do jus soli na legislação do país.
Os debates voltaram acontecer na última quinta feira (15), em meio a protestos de senadores do partido Liga Norte, de extrema direita. No empurra empurra a ministra da Educação, Valeria Fedeli, precisou ser levada a enfermaria, após cair. O parlamentar GianMarco Centinaio, também da Liga feriu a mão e foi retirado por funcionários da Câmara Alta.
Em um dos períodos de maior ondas migratórias da história na Itália, manifestantes de grupos neofascistas Força Nova e CasaPound entraram em confronto com a polícia, na tentativa de invadir o plenário do Senado.
O projeto, que permite que filhos de estrangeiros nascido na Itália tenham direito de cidadania, é patrocinado pelo Partido Democrático (PD), partido do primeiro-ministro, Paolo Gentiloni. A nacionalidade italiana é concedida pelo direito de sangue, o que não será alterado. Um filho de pais estrangeiros só pode pedir a cidadania após viver durante todo o período de 18 anos no país. No texto proposto pelo partido PD quer conceder a cidadania a partir do direito ligado ao território, o que beneficiaria crianças estrangeiras, nascidas na península, desde que um dos pais tenham vivido legalmente por, no mínimo, 5 anos no Belpaese. Além do mesmo precisar declarar uma renda mínima e fazer uma prova de italiano.
A proposta também se estende ao “jus culturae”, concedendo a cidadania a estrangeiros menores de idade nascidos na Itália ou que tenham chegado a Itália antes de completar os 12 anos, nos dois casos é necessário que as crianças tenham estudado por 5 anos em escolas italianas.