Polo industrial foi reconhecido como patrimônio da humanidade
(ANSA) – A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu neste domingo (1º) a cidade de Ivrea, no Piemonte, como “Patrimônio Mundial da Humanidade”. O país conta agora com 54 locais tombados pela entidade, recorde no planeta.
A decisão foi tomada durante o 42º Comitê do Patrimônio Mundial, que ocorre em Manama, capital do Bahrein, desde o dia 24 de junho e se encerra nesta quarta-feira (4). As Colinas do Prosecco, na região de Vêneto, no entanto, não foram aprovadas.
A candidatura será reavaliada em 2019.
“Ivrea, a cidade ideal da revolução industrial, é o 54º patrimônio da Unesco italiano. Um reconhecimento dado a uma concepção humanista do trabalho própria de Adriano Olivetti, nascida e desenvolvida pelo Movimento Comunità [antigo partido de orientação socialista] e aqui cumprida plenamente, na qual o bem-estar econômico, social e cultural dos trabalhadores é considerado parte integrante do processo produtivo”, declarou o ministro dos Bens Culturais da Itália, Alberto Bonisoli.
O polo industrial de Ivrea teve início em 1908, com Camillo Olivetti, fundador da empresa Olivetti, conhecida mundialmente por suas máquinas de escrever e calculadoras. No entanto, a maior parte de seu desenvolvimento industrial ocorreu entre as décadas de 1930 e 1960, sob a direção de Adriano Olivetti.
A forma da cidade e os edifícios urbanos de Ivrea foram projetados por alguns dos mais célebres arquitetos e urbanistas italianos da época.
Prosecco – Na análise sobre as Colinas do Prosecco, a votação no comitê teve placar de 12 votos a favor e nove contra, mas a inscrição no registro de patrimônios mundiais exigia o apoio de pelo menos 14 membros.
Em sua decisão, a Unesco reconheceu o “alto potencial do sítio candidato, que tem elementos únicos que devem ser mais bem explicados”, e convidou a Itália a reapresentar o dossiê no ano que vem. “Temos um ano para sanar qualquer dúvida”, disse Guglielmo Picchi, subsecretário do Ministério de Relações Exteriores.
Na conferência no Bahrein, o comitê tombou outros locais como Patrimônios da Humanidade: a cidade de Medina Azahara, na Espanha; os lugares cristãos clandestinos de Nagasaki, no Japão; o bairro vitoriano de Mumbai, na Índia; as paisagens de Pimachiowin Aki, no Canadá; e os mosteiros budistas de montanha, na Coreia do Sul.