Existente desde o século 8, o vilarejo da pequena Craco, no extremo-sul da península, está abandonado. Situado a 56 quilômetros de Matera, capital europeia da cultura em 2019, o burgo foi um entreposto bizantino, teve uma universidade no século 13 e ganhou sua forma atual no reinado de Frederico II, do Sacro Império Romano-Germânico (1220-1250).
No entanto, suas construções estão abandonadas desde 1963, quando um grande deslizamento de terra forçou a população a se mudar para o vale, em uma localidade batizada como “Craco Peschiera”. O centro histórico do vilarejo abrigava na época cerca de 2 mil habitantes, mas hoje está vazio, a não ser pelos turistas que se aventuram por suas vielas medievais.
A população do vale soma hoje pouco mais de 700 moradores, e Craco vive basicamente do turismo e da indústria cultural. A beleza cenográfica do burgo o tornou cenário de inúmeros filmes a partir dos anos 1970, inclusive “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, que rodou o enforcamento de Judas no vilarejo.
O governo local criou percursos seguros para atrair turistas e permite visitas guiadas de uma hora à “Craco Antiga”, com um roteiro concentrado nas ruas do burgo medieval. A cidade também conta com um mosteiro com vistas panorâmicas, além de mostras fotográficas permanentes sobre a memória histórica da vila, o deslizamento de 1963 e a ligação de Craco com o cinema.
O passeio pelas ruínas custa 10 euros, enquanto o cartão válido para todas as atrações da cidade sai por 15 euros.
(com informações da ANSA)