O rugido impaciente dos leões. O estalar dos chicotes. A multidão em delírio. Quase 2 mil anos depois, o Coliseu de Roma volta a ser palco de batalhas e gladiadores, revivendo aqueles 100 dias de competições e festejos que celebraram a inauguração da arena, em 80 d.C
O projeto “Sangue e Arena”, apresentado para a imprensa nesta última sexta-feira (11), prevê espetáculos multimídia de 30 minutos, em italiano e inglês, para mostrar ao público como foram aqueles primeiros dias do Anfiteatro Flavio.
As apresentações serão realizadas entre 12 de maio e 27 de outubro, todas as sextas e sábados, três vezes por dia, para públicos de até 170 pessoas. O preço do ingresso foi fixado em 20 euros (R$ 86, segundo a cotação atual).
Os espetáculos acontecerão no chão da arena, e o público ficará no “Menianum”, lugar antes reservado aos senadores da Roma Antiga. “O Coliseu recupera sua função original de local para espetáculos”, disse a diretora do Parque Arqueológico do Coliseu, Alfonsina Russo.
“É uma nova trajetória para este monumento, que deve se tornar um lugar a ser vivido, não apenas visitado”, acrescentou. A preparação do projeto custou 500 mil euros, obtidos exclusivamente com bilheteria, e durou quatro meses.
O show, projetado em uma tela de 17 metros, revive o longo calendário de eventos inaugurais ordenado pelo imperador Tito, filho de Vespasiano, o patrono do Anfiteatro Flavio. Para festejar, o soberano não poupou recursos, presenteando os 73 mil espectadores que a arena podia receber com três meses de atrações, de junho a setembro.
“Tudo aquilo que vocês verão realmente aconteceu”, garantiu Rossella Rea, responsável pelo monumento. (Agência ANSA)